22/09/2014

A MELHOR COISA QUE PODÍAMOS TER FEITO

Nos dias que passámos em Luxor, podíamos ter andado de templo em templo de táxi. Podíamos ter alugado bicicletas. Podíamos até ter feito como os locais e viajar nas carrinhas que percorriam todas as estradas e caminhos. Ou, como nos aconselhou um americano no Cairo, podíamos ter comprado um tour num autocarro e aproveitar o facto de ter um guia - segundo o senhor, pelo menos não teríamos de levar com os touts dos templos, os mais chatos de todos.

Numa coisa o americano tinha razão: os touts de Luxor são, de longe, os mais chatos que alguma vez encontrei. Mas sobre isso conversamos noutro post.

A verdade é que não nos juntámos a tours, não pedalámos debaixo do sol abrasador, não fomos de táxi e não viajámos nas carrinhas onde viajam os locais. Alugámos uma mota. Mal chegámos ao hotel (e que boa escolha, que sorte!) perguntámos se era possível arranjar uma ou duas motas. Vinhamos entusiasmados com a quantidade de Vespas no Cairo. Não havia Vespas - mas um amigo do senhor do hotel tinha uma mota que nos podia "emprestar" a troco de uns trocos.

Foi a melhor coisa que podíamos ter feito.

Não só ficámos livres para ir-e-vir quando quiséssemos, para onde nos apetecesse - como o fizemos em estilo. Pelo caminho encontrámos sempre sorrisos e curiosidade, "quem são estes dois turistas de mota". Passeámos por todo o West Bank de mota, do Vale dos Reis ao Vale da Rainha, dos túmulos dos nobres a variadíssimos templos, fizemos uma pequena incursão pelo deserto e chegámos mesmo a atravessar o Nilo para o lado de Luxor, num barquinho onde temi pelo pior - depois voltámos por terra, à volta. E que volta. Quando nos convidaram para ir ao casamento na aldeia, fomos e voltámos de mota, à noite, que momento.

A mota fez, sem qualquer dúvida, uma diferença grande na experiência que vivemos estes dias em Luxor.

2 comentários:

Pedro Gomes Adão disse...

lindo! =)

Clara Amorim disse...

Sim, mas e a vespa...????