30/09/2013

OUTRAS CORES

Nem só de côr-de-rosa se pinta Singapura ;)

Voltando às voltas e às surpresas: outra agradável descoberta do fim-de-semana foi a ponte Alkaff, construída em 1997 e uma das três pontes pedonais sobre o rio Singapura. Com a forma de um tongkang - um barco tradicional utizado para transportar bens no rio, nos tempos antigos -, tem 55m de comprimento e mais de 230 toneladas, dizem. Mas não confirmei. Podem estar a exagerar.

Em 2004, a artista filipina Pacita Abad fez uma intervenção na ponte, utilizando cerca de 900 litros de tinta industrial e 55 tipos diferentes de cores... e o resultado final foi este:








SINGAPURA APAIXONADA

Uma das muitas surpresas que tive este fim-de-semana em Singapura foi (mais uma) colecção de cadeados do amor.

Claro que, sendo Singapura, o fenómeno estava muito controlado - e os cadeados tinham zona especial para serem colocados, num grandeamento ao pé do rio, perto da entrada de um centro comercial... onde, curiosamente, havia um quiosque que vendia cadeados em forma de coração.

Enfim: o que interessa agora é que Singapura junta-se, desta forma, à já vasta colecção de cadeados que tenho conseguido juntar aqui no blog. Seja aqueles que encontrei nas minahs voltas, como aqueles que me foram enviados por vocês.

(Aliás: ainda tenho uns que me foram enviados recentemente, e que ainda não publiquei.)

A outra coisa em que reparei, além da organização do espaço e da "coincidência" do quiosque ali mesmo ao lado, foi o facto de predominar o côr-de-rosa. Mais do que noutros lugares. Talvez seja uma tendência mais asiática, não sei. Mas julguem vocês mesmos.

Eis mais cadeados, então:





29/09/2013

MAIS UMA FICHA, MAIS UMA VOLTA...

... e mais um cartao de embarque, portanto.

Estou neste momento no aeroporto de Changi, em Singapura, prestes a embarcar num voo para Manila. Escrevo a partir de um computador instalado junto ah porta de embarque... dai a falta de acentos.

Chego de madrugada ah capital das Filipinas, onde conto passear durante a manha e parte da tarde... e depois la vou outra vez, mais uma hora de voo ate Cebu, uma ilhota nem-sei-bem-onde. Vi umas fotos no google, diz que tem areia branca e mar azul. E eh mesmo disso que preciso para os proximos dias. Algum descanso, tempo para me sentar e por em dia algum trabalho... nao ter muito mais que fazer.

Pode ser que consiga actualizar um pouco mais com as fotos mais recentes de Singapura e Kuala Lumpur.

E por falar em Kuala Lumpur! Li agora mesmo que o Joao Sousa ganhou a final do tornei de KL. Que orgulho! Espero que seja so o primeiro de muitos triunfos. E tambem li que a Miss Filipinas ganhou ontem o premio de Miss Mundo. Nada mal. Coincidencia? Ahah. Claro que sim. ;)

GRANDE COISA

É grande... mas não é grande coisa.

Ontem fui ao Southeast Asia Aquarium de Singapura, reconhecido pelo Guinness World Records como o maior aquário do Mundo. Gostei do passeio, foi uma bela tarde entre peixes coloridos, tubarões e alforrecas - mas confesso que, apesar dos títulos e do aparato, continuo a preferir o "nosso" Oceanário.

Era sábado e, como seria de esperar, o lugar estava a rebentar pelas costuras. Muitas famílias, criançada aos gritos, excursões de terceira idade, grupos de amigos, casalinhos de mão dada, velhotas a arrastarem-se cansadas, velhotes a dormirem pelos cantos... e muitos flashes onde não é suposto, tablets a fazer de máquina fotográfica, uaus e gargalhadas, olhos curiosos, fascinados, cansados.

Muitos souvenirs pelo meio, refrescos a preços fervilhantes. E, algures no meio disto tudo: peixes.

Hoje partilho uma série de instagrams que fiz no tanque das alforrecas, onde a luz mudava gradualmente de cor, fazendo uns efeitos muito interessantes:










28/09/2013

TURQUIA 2003 (2ª PARTE)

Voltando à primeira viagem na Turquia, em 2003. Depois das voltas por Istambul, Capadócia, Pammukale e Aspendos, nos arredores de Antalya, o ritmo acalmou consideravelmente na segunda quinzena desse mês de Setembro. Passei uns dias numa cabana em cima de uma árvore, em Olympos - e depois "refugiei-me" no Butterfly Valley, que na altura era ainda um lugar meio secreto. Fiquei aqui uma semana. E no regresso a Istambul, tive ainda tempo de parar em Selçuk, para visitar as ruínas de Ephesus - marcaram-me tanto que, hoje em dia, fazem parte da aventura que organizo com a Nomad, de Istambul ao Curdistão.

Seguem-se mais algumas fotos de há dez anos:










27/09/2013

VOLTAS E REVIRAVOLTAS

Piruetas e mortais encarpados, cambalhotas e flic-flacs, demi-pliet e arabesque, sarvangasana e tsuru ashi dachi.

Voltas e reviravoltas: estes últimos dias têm sido uma verdadeira confusão de geografias e estados de espírito. O que nem é nada de novo, admito.

No blog comemoro dez anos de viagens na Turquia e na Índia, no facebook tento completar um álbum referente à mais recente viagem entre Istambul e o Curdistão, no instagram vou publicando as fotos mais recentes em Kuala Lumpur.

Daqui a nada vou embarcar num autocarro para Singapura, onde passo o fim-de-semana, ainda não tenho a certeza mas acho que vou passar uns dias às Filipinas, a ver se descanso destas voltas todas - porque vem aí uma aventura na Birmânia, e depois começo a 5ª temporada da Indochina.

Volto já :)

26/09/2013

TIME WILL TELL THE DIFFERENCE

"Carros, riquexós, motas, camiões: uma cacofonia de buzinadelas, o cheiro a tubo de escape e a esgoto. Lixo amontoado onde há espaço - e à volta. Uma ovelha amarrada a um poste de electricidade. Cães escanzelados, vacas sagradas, cabras miseráveis. Cartazes de filmes. Poças de lama. Lixo. Que fedor a mijo. Que desoladora confusão, tenho um quarto com vista para o Inferno. Junto a um muro pintado com publicidade a uma cimenteira: um miúdo de cócoras, com as calças à volta dos tornozelos e um pequeno balde azul-claro, cheio de água, pousado no chão junto a seus pés. O trânsito a passar mesmo em frente: mera paisagem, como se estivesse na casa-de-banho de um quarto de hotel, pacatamente a ver a cidade a acontecer, pela janela. Como eu, provavelmente, daqui a pouco. Uma vaca a mastigar restos-de-restos, na lixeira mesmo ao lado. O riquexó parado a dois ou três metros, para deixar sair uma senhora de sari, cheia de indiferença e cores e brilhantes, sacos de plástico e legumes. Tudo paisagem. Uma criança tenta trepar as pernas da mãe, ainda não sabe andar. A mãe pega num saco cheio de tijolos e põe-no em cima da cabeça de outra mulher, que o leva para outro lado. Daqui a pouco vão repetir o ritual, mas quem leva os tijolos na cabeça é a mulher que tem a criança enrolada na perna. Em cima do amontoado de tijolos: um homem imundo, vestido de trapos e tempo e cheiros, mais cinzento que a poça de água onde brincam dois miúdos que não devem ter mais que dois-três anos."


Completam-se hoje dez anos do dia em que escrevi o texto que serviu de inspiração para aquele que aqui transcrevi. Mais-palavra, menos-palavra, era mais ou menos isto. Foi isto que senti. Foi isto que vivi, no meu primeiro dia na Índia.

Tem piada, revisitar estas sensações antigas, estas primeiras impressões, ainda tão frescas, inocentes - ainda virgens.

Das notas originais ao parágrafo que transcrevo no início deste post, passou uma década de mudanças, de surpresas, de encontros e desencontros, de gargalhadas, arrepios e lágrimas.

Eu mudei. A Índia mudou. A relação que tenho com o país, com o ambiente, as pessoas, as suas tradições e cultura - tudo evoluiu, nesta e naquela direcção, aos ziguezagues, aos solavancos, sem metas definidas, sem um ponto de chegada.

A jornada é o destino, diz a tatuagem que tenho no braço. Não se podia enquadrar melhor.

No seguimento da recente "resolução" acerca de uma nova rúbrica chamada "Há 10 anos", que pretendo actualizar regularmente com episódios e peripécias vividas em outras viagens, noutros tempos - vou aproveitar esta onda de renovação e lançar ainda outra novidade.

Preciso de pôr algumas ideias em ordem, mas estou seriamente a planear dedicar um dia por semana à Índia, aqui no blog. Com histórias antigas, curiosidades novas, momentos e sorrisos que merecem ser partilhados. Tanto por contar. E, como dizem na Índia: tudo é possível.

22/09/2013

EU NÃO DISSE?

Neste toca-e-foge em Lisboa, digno de medalhas olímpicas e recordes do Guinness, sabe-se lá como mas encontrei tempo de vasculhar alguns baus - e, quem diria, não é que encontrei as tais fotos de há dez anos, quando vim pela primeira vez à Turquia!

Estou ainda em fase de selecção, felizmente há muitas de que gosto, se pudesse partilhava todas. Que nostalgia, viajar no tempo com estas fotografias... tenho-me lembrado de muitas histórias, desta viagem e de outras.

E desta volta pelo "baú" saiu reforçada uma ideia antiga: quando em Maio ou Junho, estava ainda na América do Sul, me apercebi que se completava uma década sobre a minha primeira grande viagem pelo mundo, pensei que poderia ser interessante recuperar algumas histórias antigas, fotos, memórias.

A ideia ficou a marinar, porque nunca mais voltei a pensar nisso - mas com este regresso à Turquia de 2003, decidi que vou lançar uma nova "rubrica", se é que posso chamar-lhe isso, aqui no blog. Vai chamar-se "10 anos" e será uma viagem no tempo, até há dez ou mais anos atrás, até outras viagens, outras peripécias e encontros, outras mentalidades e reacções.

Começo com a prometida viagem pela Turquia através de fotos com dez anos. Dez! O tempo passa a correr, não passa?

Hoje partilho uma selecção de fotos de Istambul, Capadócia, Pammukale e Aspendos - a primeira metade desta viagem. A segunda metade virá muito em breve ;)