05/03/2013

HOJE O JN FOI DAR UMA VOLTA :)

Saiu hoje um artigo da Sónia Morais Santos no JN sobre este vosso anfitrião e algumas das voltas que dei até chegar aqui, a este primeiro dia na América do Sul.

Fica o artigo:

E a quem possa interessar, uma transcrição:


Ele não tem uma casa. Não tem uma cama, um roupeiro, uma televisão. Não tem carro. Não tem um escritório para onde ir à hora certa. Jorge Vassallo, 35 anos, vive no mundo. Mesmo. No mundo todo. Viaja mais de 300 dias por ano e faz disso a sua profissão. Quem lhe telefona, para tomar um café, nunca sabe em que parte do globo estará. A sua lista de contactos, no telemóvel, parece uma babel.

Tudo começou quando Jorge tinha 19 anos. Os primeiros inter-rails deixaram-lhe o bichinho das viagens no corpo. Ainda assim, sentiu que tinha de fazer o percurso expectável: licenciou-se (em Marketing e Publicidade), arranjou um emprego, e foi aproveitando todos os dias de férias para viajar. Até ao dia em que ouviu um relato de um viajante (Filipe Palma) que tinha feito uma volta ao Mundo em bicicleta. Nunca mais conseguiu pensar noutra coisa. Uma volta ao Mundo, isso é que era.

E foi. Vendeu o carro, despediu-se, deixou a casa que tinha arrendada à irmã. Não fez propriamente a volta ao Mundo mas andou um ano inteiro a viajar. Quando voltou, era outro. E percebeu que aquela era a sua vida. Trabalhava três a quatro meses, juntava dinheiro e lá ia ele mais seis meses de mochila às costas.

Seguiu-se uma viagem a dois. Jorge Vassallo e Carlos Carneiro avançaram com o projeto "Até onde vais com 1000 euros?" e conseguiram uma mediatização impressionante. Foram até Dacar e, depois, publicaram um livro a relatar as aventuras.

Daí em diante, assumiu-se. Seria um viajante profissional. Associou-se à agência de viagens Nomad, uma agência de viagens diferente das outras: "É uma agência que nem parece uma agência. Ou seja: tem a rede de segurança de uma agência mas leva as pessoas em pequenos grupo a fazer viagens diferentes, em que comemos com os locais, vivemos como os locais e conhecemos os sítios por onde passamos de uma forma muito mais intensa e menos turística".

Há mais de três anos que Jorge Vassallo leva grupos a conhecer a Indochina (Vietname, Camboja, Banguecoque e Laos). Nos intervalos, continua a viajar. A Índia é o seu grande amor, a sua segunda casa. "O Laos é uma paixão mais recente mas crescente. Um país lindíssimo onde as pessoas estão sempre a sorrir. Haja alegrias ou adversidades. É uma lição de vida".

Lições de vida, é o que Jorge Vassallo retira desta vida que escolheu para si. E são as aventuras, descobertas, peripécias ou lições que vai partilhando no blogue "Fui dar uma volta" (http//fuidarumavolta.blogspot.pt/)

E, para não variar, ele acaba de partir para mais uma volta. Vão ser 99 dias na América do Sul, uma viagem que anda a adiar há 10 anos. Começou ontem: "Vou viajar por viajar, sem conceitos definidos nem linhas orientadoras. Só a descoberta pela descoberta". Podem seguir todas as peripécias no blogue e roer-se de inveja.

1 comentário:

Clara Amorim disse...

Jorge, és de facto um grande cidadão do mundo...!