19/03/2013

DOMINGUEIRO NO RIO DE JANEIRO

Aproveitando que está na berra a eleição do novo Papa, deixem-me usar um velho cliché para a introdução deste post: ir ao Rio de Janeiro e não fazer pelo menos um dia de praia é como ir a Roma... exactamente.


Assim sendo: além de uns passeios pelo calçadão em Ipanema e Copacabana, armei-me em domingueiro e dediquei uma manhã ao sol e ao mar da praia do Leblon.

A manhã começou no BB Lanches, onde bebemos uns sucos maravilhosos acompanhados de coxinhas de frango; e depois fomos directos para a praia. Como era domingo, a avenida "marginal" estava fechada ao trânsito. Resultado: milhares de pessoas a passear, a fazer jogging, a andar de bicicleta, patins e skate.

Já na areia, fizemos como toda a gente e alugámos um chapéu de sol e cadeiras. Instalámo-nos no meio da multidão e deixámos a manhã passar, quase sempre sentados à sombra porque o sol estava demasiado forte, interrompendo o dolce fare niente apenas para um mergulho ou para pedir um mate gelado.


À nossa volta, além de uma floresta de chapéus coloridos e corpos bronzeados, vendedores ambulantes serpenteavam descalços pela areia, vendendo os seus produtos. Gelados de Itália, salgados árabes do Kalifa, bikinis, refrigerantes, biscoitos Globo, kangas, cerveja, sanduíches, pulseiras. Uma verdadeira feira. Corpos suados/oleados na malhação, famílias inteiras em amena cavaqueira, namorados em época do cio, turistas com escaldões a tirar fotografias. No céu passavam insistentemente aviões com publicidade, helicópteros da protecção civil, só faltou largarem brindes. Como acontecia na minha praia, quando eu era miúdo.

Mas esta não é, definitivamente, a minha praia.

Muito sinceramente: prefiro uma praia onde tenha espaço à volta, onde não tenha de ouvir as conversas dos outros, onde não leve com os salpicos do creme da vizinha, onde não tenha um casal em tórridos e telenovelosos beijos a menos de dois metros, onde não seja preciso pedir licença para passar, quando vou ao banho.

Gostei da experiência - mas só por isso. Pela experiência. Pelas cores, pela novidade, porque vir ao Rio sem ir à praia é o que já se disse.





2 comentários:

Clara Amorim disse...

Belo e solarengo post...!
Só faltaram mesmo as "bolas de berlim" ou as "línguas da sogra"!!! ;)

Fernando Martinho disse...

Já gostei mais de praia, sempre ma faz recordar a infância e os meus pais, e nem sempre é bom.
Mas sinceramente eu tb gosto muito de uma praia onde nos podemos sentir sem ser como "sardinhas em lata", quando mais deserta e selvagem, melhor.
Mas ok, como escreves, vale pela experiência.
Continução de boa viagem