Orchha é uma aldeia meio-perdida no mapa (segundo os padrões indianos, o que implica que está cheia de gente à mesma). É uma terrinha pequena, surpreendentemente limpa, com um rio espectacular onde apetece dar um mergulho e nadar... e à volta, por todo o lado, não dá para não reparar: ruínas.
Ruínas de templos, ruínas de palácios, de túmulos, casas, estábulos, jardins – um mimo.
E também há um templo onde todas as noites uma multidão reza a Rama, de vez em quando descontrolam-se um bocado e é preciso a Polícia intervir. E há os condores – acho que são condores, é um pássaro meio-águia-meio-abutre. Aliás, nos céus de Orchha há um exagero de pássaros, não sou de reparar muito apesar de ser um bocado cabeça-no-ar, mas aqui “ele há” papagaios, corvos, águias e tantas outras aves que não sei nomear. E há macacos, ao fim da tarde aparecem da selva e atravessam a cidade, de sul para norte, à procura de comida. E já fui convidado para um casamento. E há o rio – já falei do rio? Apetece mergulhar... sim, já falei do rio. Adoro o rio.
Adoro Orccha. Gosto da energia desta terra, apetece-me ficar o mais tempo possivel aqui – mas não posso. Tenho de estar amanhã em Delhi, onde vou encontrar o meu amigo Hamid e depois chega a Joana.
Mas volto, prometo que volto.
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