23/03/2007

ALGUMAS EXCEPÇÕES À REGRA

Só na viagem para Amritsar é que ficámos a dormir no comboio – mas era uma viagem longa. De resto foi quase sempre o mesmo esquema, o tal das Horas Parvas, mas com algumas variantes, como por exemplo:

1. Ir para Fathepur Sikri num autocarro a abarrotar, sentado de costas para o condutor, com uma coluna a debitar decibeis, aos berros, de música indiana. A brincadeira só acalmou quando um velhote teve pena de mim e pediu ao condutor para baixar o volume.

2. Apanhar um riquexó (dos antigos, a pedais) para a estação de comboios de Agra, e ter de sair para ajudar o rapaz a empurrar o veículo, uma vez que Eu+Joana+Bagagens éramos um bocadinho para o pesados... Mas foi ele que insistiu!, nós dissemos sempre que era peso a mais, o miúdo era maluco – porreiro, mas maluco. E ao chegarmos à estação, começou a trovejar, relâmpagos ao longe... e chuva!

3. Viajar no comboio para Jaipur com uma família muito simpática, de uma casta cujo nome não me lembro mas que tem a ver com guerreiros, quase todos os homens da família estavam no Exército. A mãe fez logo amizade com a Joana, o filho de dez anos estava vidrado em mim, sempre a perguntar-me coisas (depois de pedir autorização aos pais, claro) e imitava todos os meus gestos. Spooooky...

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