07/01/2013

ANO NOVO, VOLTAS NOVAS



Depois de umas merecidas "férias" para celebrar o Natal em família e o Ano Novo com um grupo de aventureiros da Nomad, chega a hora do blog "voltar ao activo".

Um próspero Ano Novo para todos!

Prosperidade - isso mesmo. Não podia haver voto mais acertado, nesta altura. O ano cujo calendário substituímos fica marcado por palavras feias como Austeridade e Crise... e por muito cinzento que se pinte o Futuro Próximo, eu sou um Optimista. Sou-o por natureza, por convicção, sou-o do coração.

É que 2012 não foi só o ano da crise. Foi também aquele em que meio mundo dançou ao ritmo de um coreano com ar-de-doido - e a outra metade, ao som de um brasileiro com ar-de-saloio. Uma nave aterrou em Marte, o senhor Wikileaks aterrou numa embaixada e um maluco suíço saltou sabe-se lá de quantos mil metros e quebrou a barreira do som em queda livre. Guimarães foi Capital Europeia da Cultura! Este foi o ano em que um príncipe inglês mostrou o rabo, uma futura rainha ficou grávida, um antigo rei morreu de velhote. O Obama ficou, o Chavez ficou, o Putin ficou - e o Sarkozy foi de patins. O Djaló e a Luci separaram-se, o Djaló e a Luci reconciliaram-se, os vampiros enjoados separaram-se, os vampiros enjoados reconciliaram-se; a Britney este ano portou-se bem e a Angelina não adoptou nenhum orfão. Mas uma paquistanesa foi baleada por defender o direito a estudar, uma brasileira vendeu a virgindade a um japonês, um americano montou caça a um ditador africano e enloqueceu, três russas foram presas por cantar numa igreja e uma indiana foi violada por seis animais... sim, animais.

O ano que passou era para ser o Último.

E foi: para as 27 crianças barbaramente assassinadas na própria escola; para as 12 pessoas que não viram o novo Batman até ao fim; para as milhares de vítimas da Guerra Civil da Síria; para os que não resistiram aos furacões, tempestades e maleitas várias. Para a enfermeira que passou o telefone à enfermeira da princesa grávida. Dois mil e doze foi também o fim do mundo para o primeiro homem a pisar a lua, para a senhora que fez de Emmanuelle, para um arquitecto brasileiro e um mestre indiano, para a cantora que disse "boa noite, Madrid" quando tocou em Lisboa, para aquele que fez de JR e para o senhor que criou o Monstro das Bolachas. Foi o ano em que morreu Bernardo Sassetti e Miguel Portas.

E foi o ano em que faleceu o meu pai.

O Ano do Dragão foi, no mínimo, intenso. No plano pessoal como na conjuntura global, as emoções atropelaram-se numa cambalhota digna de medalhas no Jogos Olímpicos.

Se foi bom. Se foi mau. Interessa mesmo escolher? As Spice Girls voltaram - mas descansem, foi só por uma noite. O Renato Seabra foi dentro - para o resto da vida. Destinos tão variados, histórias que chegam ao fim, outras que só agora começam a ser contadas, tanto por ver e ouvir ainda, e tão pouco tempo, há que aproveitar. Sorrisos e lágrimas, cinquenta sombras de cinzento e um arco-íris de mil cores.

Foi este o ano que passou. Outro começa agora. Ano novo, vida nova, voltas novas - digo eu. Em 2013 vou estrear-me no continente Americano, vou lançar uma viagem nova com a Nomad, investir mais energia neste blog e no respectivo perfil no facebook. Vêm aí novos álbuns de fotos, novos temas, outros tipos de abordagem sobre o Mundo que anda à nossa volta.

Vamos lá, que hoje é o sétimo de trezentos e sessenta e cinco - não há tempo a perder!

Fui.

1 comentário:

Clara Amorim disse...

Boa, Jorge! Viva o optimismo!!!
E nós cá estaremos nos próximos 358 dias do ano para ler e comentar as tuas crónicas!
Boas voltas!!!