Já em Suzdal, fomos ter ao Godzilla's, o hostel onde tinha combinado encontrar-me com três amigos de Lisboa - tinham reservado uma cama em meu nome. À noite fomos todos jantar: os quatro portugueses, o Chun e ainda um cazaque, que tão depressa se juntou à nossa mesa quanto a abandonou, eheh, para ir beber medovukha com uns moscovitas. Eu ainda experimentei a bebida, o sabor não me era estranho, acho que já bebi aquilo algures... mas não me lembro onde. É uma bebida alcoólica, feita à base de mel.
Comi uma das especialidades da casa, "carne debaixo de um casaco de peles", partilhámos cervejas e trocámos histórias de viagem - eles do passeio pela Rússia (que estava na recta final), eu da minha viagem (ainda na fase de arranque) e o taiwanês da sua épica travessia, que tem a namorada como meta. ;)
Lá fora, enquanto anoitecia, as cores de Suzdal tinham dado lugar a um preto e branco assustador. Quando finalmente nos fomos deitar, chovia e relampejava. Como não conseguia adormecer, comecei a contar... ovelhas? Não - não eram ovelhas que eu via a saltar a cerca... eram nuvens. Pequenas nuvens com olhos e boca e qualquer coisa de maléico na forma como sorriam, e todas me diziam com voz fininha e sotaque brasileiro:
"Log-si-vê, log-si-vê. Log-si-vê si amanhã vai chovê."
22/08/2011
SUZDAL A PRETO E BRANCO
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