09/08/2013

SAUDADES DA NATASHA

"Eu quero ir até à Mongólia neste comboio", diz uma das aventureiras que me acompanham nesta epopeia transiberiana.

E não diz isto porque gosta especialmente da decoração, ou das casas-de-banho, ou de qualquer aspecto ligado ao comboio propriamente dito. Diz isto por causa da senhora responsável pela carruagem. Chama-se Natasha e é uma simpatia. Sempre a sorrir. Sempre prestável. Sempre de um lado para o outro a limpar e a arrumar - e com boa cara.

Não estou a ser sarcástico, é mesmo assim. A senhora era mesmo simpática.

No último Transiberiano, as senhoras dos comboios ganharam a alcunha de Nonôs. Porque estavam sempre de trombas, diziam "não" a tudo, encolhiam os ombros e fingiam que nada era com elas. O que de certa forma é típico, com muita pena minha. Mas temos tido uma sorte incrível, nesta edição. A quantidade de sorrisos com que nos cruzamos, o calor com que somos recebidos. Muito bom.

Foi com saudades que nos despedimos do comboio 118 até Novosibirsk, portanto. E agora vamos lá ver o que nos espera, na etapa que nos levará a Irkutsk. Depois conversamos.

Infelizmente a ligação está muito lenta, não consigo publicar fotos. Mas assim que for possivel, prometo que partilho qualquer coisa.

1 comentário:

Clara Amorim disse...

Bem, Jorge, tu até que escreves muito bem... Mas umas fotozitas já cá faziam falta...! Vamos lá apressar essas internets!!! ;)