31/08/2013
JÁ DIZIA CONFÚCIO...
Toda a gente come e bebe, mas quantos é que sabem o verdadeiro sabor daquilo que comem e bebem?
RESTAURANTES CHINESES
Uma coisa que reparei na China: há imensos restaurantes chineses, aqui.
;)
;)
30/08/2013
INCENSO, BUDAS E AS DEZ MIL FELICIDADES
Construído no século XVII, o Templo Yonghe começou por servir de residência oficial dos eunucos da corte. Funcionou depois como palácio do Príncipe Yong Yin Zhen - e quando este ascedeu ao trono, em 1722, parte do edifício foi convertido num lamasery, um mosteiro para monges do Budismo Tibetano.
Ao longo dos tempos, o templo conquistou reputação e estatuto. Foi poupado pela Revolução Cultural e transformado num Museu. E hoje é um dos lugares mais especiais de Pequim: conhecido por Lama Temple, faz parte de todos os roteiros turísticos e religiosos... está sempre cheio. E é, sem dúvida, um dos meus lugares preferidos na capital chinesa.
Como é habitual no folclore budista, o número cinco tem um simbolismo na arquitectura do espaço. E tal como tantos outros templos, também o Yonghe tem cinco pátios e cinco salões.
O primeiro é o Salão dos Reis Celestiais, que tem uma estátua de um Buda gordo a rir, e os dos Quatro Reis Celestiais. Depois vem o Salão da Harmonia e da Paz, com três estátuas de bronze que representam os Budas das Três Eras. Ou seja: o Buda do Presente, o Buda do Passado e o Buda do Futuro. O Salão da Protecção Eterna foi onde viveu o príncipe antes de se tornar imperador, e onde foi colocado o seu caixão, quando morreu. Tem uma estátua de um Buda "que cura". O quarto salão, que é onde se lêem as escrituras e se realizam as cerimónias religiosas, chama-se Salão da Roda da Lei.
E, por fim, o Pavilhão das Dez Mil Felicidades. A atracção principal do Lama Temple. Aqui se encontra a estátua de um Buda Maitreya, que foi esculpida numa peça única de madeira de sândalo. A estátua tem 26 metros de altura e foi inscrita no Livro de Recordes do Guinness, como a maior estátua de madeira de sândalo do mundo.
Contudo, o que mais me atrai neste lugar é a energia. Não sei se é do cheiro do incenso a arder; se é dos rituais dos crentes; da acumulação de energias e orações; da quantidade de estátuas e quadros com Budas, demónios e santos. O facto é que o Lama Temple tem uma energia mesmo muito forte.
Desta vez, tivemos a pontaria de visitar o Lama Temple no Dia dos Mortos. A lotação estava quase esgotada, havia filas para comprar incenso, filas para queimá-lo, para rezar. Que frenesim. Adorámos. :)
Ao longo dos tempos, o templo conquistou reputação e estatuto. Foi poupado pela Revolução Cultural e transformado num Museu. E hoje é um dos lugares mais especiais de Pequim: conhecido por Lama Temple, faz parte de todos os roteiros turísticos e religiosos... está sempre cheio. E é, sem dúvida, um dos meus lugares preferidos na capital chinesa.
Como é habitual no folclore budista, o número cinco tem um simbolismo na arquitectura do espaço. E tal como tantos outros templos, também o Yonghe tem cinco pátios e cinco salões.
O primeiro é o Salão dos Reis Celestiais, que tem uma estátua de um Buda gordo a rir, e os dos Quatro Reis Celestiais. Depois vem o Salão da Harmonia e da Paz, com três estátuas de bronze que representam os Budas das Três Eras. Ou seja: o Buda do Presente, o Buda do Passado e o Buda do Futuro. O Salão da Protecção Eterna foi onde viveu o príncipe antes de se tornar imperador, e onde foi colocado o seu caixão, quando morreu. Tem uma estátua de um Buda "que cura". O quarto salão, que é onde se lêem as escrituras e se realizam as cerimónias religiosas, chama-se Salão da Roda da Lei.
E, por fim, o Pavilhão das Dez Mil Felicidades. A atracção principal do Lama Temple. Aqui se encontra a estátua de um Buda Maitreya, que foi esculpida numa peça única de madeira de sândalo. A estátua tem 26 metros de altura e foi inscrita no Livro de Recordes do Guinness, como a maior estátua de madeira de sândalo do mundo.
Contudo, o que mais me atrai neste lugar é a energia. Não sei se é do cheiro do incenso a arder; se é dos rituais dos crentes; da acumulação de energias e orações; da quantidade de estátuas e quadros com Budas, demónios e santos. O facto é que o Lama Temple tem uma energia mesmo muito forte.
Desta vez, tivemos a pontaria de visitar o Lama Temple no Dia dos Mortos. A lotação estava quase esgotada, havia filas para comprar incenso, filas para queimá-lo, para rezar. Que frenesim. Adorámos. :)
CONFÚCIO DISSE
Quando um homem fala, deve pensar no que faz. Quando faz, deve pensar no que disse.
CONFÚCIO DIZ
"Os velhos, que caminharam por mais estradas, comeram mais arroz, leram mais livros, tiveram mais experiências, gozaram de mais felicidade e sofreram mais tristezas; são experientes e sábios, com a sua rica experiência de vida. Assim, o que dizem são conselhos, e os jovens deviam ouvi-los."
Assim começa o livro que comprei no outro dia em Pequim, no Templo de Confúcio.
Chama-se "Confucius Says" e faz parte de uma colecção denominada "Wise Man Talking Series".
Fica uma primeira citação do professor, então:
"Um cavalheiro concentra-se em seguir nove coisas:
- ver claramente quando usa os olhos
- ouvir acuradamente quando usa os ouvidos
- parecer suave, no que respeita à expressão facial
- parecer calmo, no que respeita ao comportamento
- ser sincero quando fala
- ser consciente, no respeita às suas responsabilidades de trabalho
- procurar conselhos, quando enfrenta dificuldades
- prever as consequências quando se zanga
- perguntar a si mesmo se está certo, quando quer alguma coisa."
E como diz o ditado chinês: quando um cão velho ladra, ele dá conselhos.
Quem sabe, sabe. :)
Assim começa o livro que comprei no outro dia em Pequim, no Templo de Confúcio.
Chama-se "Confucius Says" e faz parte de uma colecção denominada "Wise Man Talking Series".
Fica uma primeira citação do professor, então:
"Um cavalheiro concentra-se em seguir nove coisas:
- ver claramente quando usa os olhos
- ouvir acuradamente quando usa os ouvidos
- parecer suave, no que respeita à expressão facial
- parecer calmo, no que respeita ao comportamento
- ser sincero quando fala
- ser consciente, no respeita às suas responsabilidades de trabalho
- procurar conselhos, quando enfrenta dificuldades
- prever as consequências quando se zanga
- perguntar a si mesmo se está certo, quando quer alguma coisa."
E como diz o ditado chinês: quando um cão velho ladra, ele dá conselhos.
Quem sabe, sabe. :)
29/08/2013
E POR FALAR EM MODAS
E por falar em casalinhos vestidos de iguais, para ficarem "queridos" nas fotografias. Ao longo destes últimos dias na capital chinesa e em Xian, fui pedindo a estes e aqueles se podia tirar-lhes umas fotos. Juntei-as a algumas que tinha de outras passagens por Pequim... e eis um pequeno conjunto de "tshirts a condizer".
É prática comum na China. E não são só os casais de namorados. Pais e filhos, mães e filhas, irmãos e irmãs. Quando vão passear, vestem-se com t-shirts iguais, ou a completar-se. Muito giro:
É prática comum na China. E não são só os casais de namorados. Pais e filhos, mães e filhas, irmãos e irmãs. Quando vão passear, vestem-se com t-shirts iguais, ou a completar-se. Muito giro:
EM PEQUIM
Depois de Moscovo, Irkutsk e Ulaanbaatar: curiosidade e pauzinhos, caracteres estranhos e cores vivas. Que mudança de ares. Que final de viagem.
Pequim: depois de uma jantarada épica e uma boa noite de sono para repor energias e aterrar, saímos de manhã cedo, de metro, na direcção da Praça de Tiananmen. Misturámo-nos com a multidão na fila para o raio-X, instalado à entrada da famosa praça... e durante uma hora cada um vagueou sozinho, a captar, a descobrir, a registar pontos de vista.
Eu concentrei-me num gigantesco ecrã, onde passavam imagens do país e do povo, num longo desfile de imagens que roça a propaganda, mas muito interessante - e bem produzido.
Já conhecia o ecrã: são dois, na verdade, porque em Tiananmen tudo é absolutamente simétrico. Noutras ocasiões tive oportunidade de me "perder" nas imagens de sonho que nos fazem ficar com vontade de prolongar a estadia e partir em exploração.
Mas desta vez resolvi abordar a coisa de uma forma diferente. Deixei-me parado, muito sossegadinho, mesmo à frente do ecrã... e à medida que as pessoas passavam à minha frente, com o ecrã em pano de fundo, fui fazendo umas fotografias.
Eis algumas. Note-se que enquanto fiz estas fotos, não me mexi um centímetro. Ou seja: apesar de parecer que são feitas em lugares diferentes, o que na verdade vai mudando são as imagens no ecrã gigante. E dá um efeito giro. Digo eu. ;)
Há dois anos, na primeira vez que vim a Pequim, concentrei-me mais nas tendências de moda. Para quem não acompanhou os relatos dessa altura, fica aqui o post em que mostrei aqui a ModaPequim ;)
Pequim: depois de uma jantarada épica e uma boa noite de sono para repor energias e aterrar, saímos de manhã cedo, de metro, na direcção da Praça de Tiananmen. Misturámo-nos com a multidão na fila para o raio-X, instalado à entrada da famosa praça... e durante uma hora cada um vagueou sozinho, a captar, a descobrir, a registar pontos de vista.
Eu concentrei-me num gigantesco ecrã, onde passavam imagens do país e do povo, num longo desfile de imagens que roça a propaganda, mas muito interessante - e bem produzido.
Já conhecia o ecrã: são dois, na verdade, porque em Tiananmen tudo é absolutamente simétrico. Noutras ocasiões tive oportunidade de me "perder" nas imagens de sonho que nos fazem ficar com vontade de prolongar a estadia e partir em exploração.
Mas desta vez resolvi abordar a coisa de uma forma diferente. Deixei-me parado, muito sossegadinho, mesmo à frente do ecrã... e à medida que as pessoas passavam à minha frente, com o ecrã em pano de fundo, fui fazendo umas fotografias.
Eis algumas. Note-se que enquanto fiz estas fotos, não me mexi um centímetro. Ou seja: apesar de parecer que são feitas em lugares diferentes, o que na verdade vai mudando são as imagens no ecrã gigante. E dá um efeito giro. Digo eu. ;)
Há dois anos, na primeira vez que vim a Pequim, concentrei-me mais nas tendências de moda. Para quem não acompanhou os relatos dessa altura, fica aqui o post em que mostrei aqui a ModaPequim ;)
ENTRETANTO, NO TRANSIBERIANO...
Onde é que nós íamos, quando tive de interromper o relato do Transiberiano?
Ah: prestes a partir para Pequim, no último troço feito sobre carris - sobre a linha Transiberiana.
Tem piada. Tenho vindo a reparar num fenómeno que acontece a quase todas as pessoas que fazem esta viagem. Apesar das paragens serem essenciais na concretização da aventura e muito valorizadas por quem passa tanto tempo dentro do comboio; apesar de serem, de certa forma, o recheio da bola-de-berlim... os carris têm um efeito especial. Há sempre uma antecipação enorme, uma certa ansiedade, quando voltamos ao comboio. Cada um exterioriza de forma diferente, mas é como se, depois de uma aventura, voltássemos todos a uma espécie de zona de conforto. Ao ninho. E essa sensação cresce, desenvolve-se e alimenta-se ao longo da viagem.
Assim: como pequenas águias de depois de um voo experimental na estepe voltam à segurança do ninho ;) lá continuámos nesta odisseia sobre carris que se chama Transiberiano.
Por esta altura, o grupo já desenvolveu uma dinâmica própria. Já nos conhecemos bem uns aos outros, há piadinhas privadas que qualquer pessoa "de fora" não entenderia. Rimo-nos de coisas que só nós podemos rir - porque nós "sabemos". Já há alguma tensão entre este feitio e aquela maneira de ser. Já se estabeleceram laços. Melhor: já nos entrelaçámos, destinos e histórias e aquis e agoras.
Esta última viagem é especial. Não só pela carga que a experiência já carrega depois de quinze dias juntos, mas porque a meta que se segue tem qualquer coisa de fatal. Atravessamos o Deserto do Gobi. Entramos na China. Muda a bitola e assistimos a um momento já muito antecipado. Vemos o último pôr-do-sol, dormimos a última noite no comboio, embalados por aquele som que só conhece quem conhece. Aquele ritmo.
De manhã repetimos rituais. Sabemos que é a última vez. Crescem ansiedades, à medida que nos aproximamos de Pequim. É o destino final. É a meta de quase oito mil quilómetros de partilha. Cinco fusos horários. Encontros e desencontros, momentos e eventos, cara-feia e bonitos sorrisos.
O comboio pára: chegámos a Pequim. Saímos para a plataforma, pisamos o chão sonhado, a terra prometida. E olhamos para trás. Aquela linha começou em Moscovo. Atravessou um mapa inteiro, histórias e gargalhadas, cumplicidades, segredos.
Chegámos.
Ah: prestes a partir para Pequim, no último troço feito sobre carris - sobre a linha Transiberiana.
Tem piada. Tenho vindo a reparar num fenómeno que acontece a quase todas as pessoas que fazem esta viagem. Apesar das paragens serem essenciais na concretização da aventura e muito valorizadas por quem passa tanto tempo dentro do comboio; apesar de serem, de certa forma, o recheio da bola-de-berlim... os carris têm um efeito especial. Há sempre uma antecipação enorme, uma certa ansiedade, quando voltamos ao comboio. Cada um exterioriza de forma diferente, mas é como se, depois de uma aventura, voltássemos todos a uma espécie de zona de conforto. Ao ninho. E essa sensação cresce, desenvolve-se e alimenta-se ao longo da viagem.
Assim: como pequenas águias de depois de um voo experimental na estepe voltam à segurança do ninho ;) lá continuámos nesta odisseia sobre carris que se chama Transiberiano.
Por esta altura, o grupo já desenvolveu uma dinâmica própria. Já nos conhecemos bem uns aos outros, há piadinhas privadas que qualquer pessoa "de fora" não entenderia. Rimo-nos de coisas que só nós podemos rir - porque nós "sabemos". Já há alguma tensão entre este feitio e aquela maneira de ser. Já se estabeleceram laços. Melhor: já nos entrelaçámos, destinos e histórias e aquis e agoras.
Esta última viagem é especial. Não só pela carga que a experiência já carrega depois de quinze dias juntos, mas porque a meta que se segue tem qualquer coisa de fatal. Atravessamos o Deserto do Gobi. Entramos na China. Muda a bitola e assistimos a um momento já muito antecipado. Vemos o último pôr-do-sol, dormimos a última noite no comboio, embalados por aquele som que só conhece quem conhece. Aquele ritmo.
De manhã repetimos rituais. Sabemos que é a última vez. Crescem ansiedades, à medida que nos aproximamos de Pequim. É o destino final. É a meta de quase oito mil quilómetros de partilha. Cinco fusos horários. Encontros e desencontros, momentos e eventos, cara-feia e bonitos sorrisos.
O comboio pára: chegámos a Pequim. Saímos para a plataforma, pisamos o chão sonhado, a terra prometida. E olhamos para trás. Aquela linha começou em Moscovo. Atravessou um mapa inteiro, histórias e gargalhadas, cumplicidades, segredos.
Chegámos.
28/08/2013
HÁ ENCONTROS ASSIM
Oiço ao longe o som seco e abafado de pancadas, como se
alguém estivesse a bater a uma porta imaginária, em segundo plano de uma
fotografia a preto e branco. Sinto o rosto quente, acho que estou a flutuar
algures entre nuvens, não sei muito bem que sensação é esta, uma paz
profunda... mas ao longe o barulho continua, cada vez mais insistente, mais
alto: acordo.
Levanto-me da cama, onde é que eu estou, que quarto é este, em
dois saltos estou como-que-por-magia junto a uma porta. E abro-a. Do lado de
fora, à minha frente: duas raparigas com traços asiáticos, mas claramente de
alguma ex-república soviética. Muito giras, as duas. Onde é que eu estou. Uma
delas não pára de sorrir, a outra esforça um "wrong number" e diz
numa língua que não reconheço, para a amiga, que não é ali, que o número está
errado, deve ser isso.
Eu: ainda a voltar ao planeta, pergunto o que se passa, elas
trocam impressões uma com a outra e quando estão prestes a ir embora oiço uma
voz rouca chamá-las de dentro do quarto.
Elas sorriem:
"Papá?"
Viro-me para trás e vejo um velhote a levantar-se e a rir, a
dizer qualquer coisa em estrangeiro, às miúdas. É o meu companheiro de quarto.
Deve ter uns setenta anos, é do Cazaquistão, vai para Pequim de férias com a
mulher e as filhas. E estas duas do lado de fora: devem ser as filhas.
"Muito giras", digo-lhe quando fechamos a porta e
ficamos só os dois outra vez. Ele sorri e diz-me qualquer coisa que eu não
percebo. Foi assim parte da tarde, ele a falar a língua dele e eu a minha, nem
vale a pena tentar o inglês. Mas lá nos entendemos.
Espera lá: mas afinal, porque estava eu com um velhote
cazaque no quarto?
Rebobinemos:
Urumqi. Diz que é a cidade que fica mais longe do mar, no
mundo. Já a tinha "fisgada" no meu Imaginário há algum tempo - porque
sim, por razão nenhuma, porque o nome soava a "qualquer coisa".
Quando marquei o meu voo da China para a Turquia, há uns meses, fi-lo de
maneira a passar uma tarde aqui. E no entanto, quando saí de Xian estava tão
cansado que já não me apetecia nada ir dar voltas sabe-se lá por onde. Decidi
ficar no aeroporto, durante as sete horas de escala entre Xian e Istambul.
Mas quando cheguei ao aeroporto, o Destino tinha uma
surpresa reservada para mim. Um miminho. Mal aterrei em Urumqi dirigi-me ao
balcão dos "connecting flights", para confirmar a hora do voo, o
lugar, etc - e qual não foi o meu espanto quando a menina sentada do outro lado
me diz que a China Southern Airlines tinha um quarto para mim, na cidade, com
deslocação gratuita e tudo, onde poderia descansar durante a tarde.
Assim foi: deixei-me levar por esta cortesia e lá fui eu
conhecer Urumqi. Deixaram-me à porta do hotel, combinámos a hora de regresso ao
aeroporto, tinha cinco horas para não fazer nada, ou para passear, o que me
apetecesse. Resolvi ir dar uma volta.
Mas não fui muito longe.
A cidade parecia muito pouco interessante, estava
relativamente longe do centro, já não tinha muito dinheiro e pouca vontade de
trocar mais euros, e a presença de alguns militares na rua dissuadiu-me de
passear "à deriva" com uma mochila-tesouro, onde guardava o
computador, máquina fotográfica, telefone, dinheiro, documentos, etc, etc, bla,
bla, bla...
Ou seja: depois de dez ou quinze minutos às voltas sabe-se
lá por onde, resolvi voltar ao hotel e ficar a descansar. Bem que precisava.
Na recepção avisaram-me que teria de dividir o quarto com
outra pessoa. Se quiser um single tem de pagar um extra. Venha de lá o companheiro-mistério,
então. E que companheiro. Quando entrei no quarto, dei de caras com o tal
velhote, já não me lembro do nome. Como já disse: ele não falava uma palavra de
nenhuma língua que eu conhecesse, e vice-versa. Mesmo assim conversámos um
pouco.
Antes de adormecer, lembro-me de olhar para a cama do lado.
O velhote já ressonava, baixinho.
Depois adormeci, acordei com as pancadas na porta, voltei a
dormir e só despertei outra vez quando o telefone tocou, era a menina da
recepção a avisar que "daqui a meia hora vêm cá buscá-lo".
Desci. Enquanto esperava pelo condutor alucinado que me ia
levar de volta ao aeroporto, o velhote apareceu com a sua esposa. Fomos
apresentados, ela disse qualquer coisa e eu respondi qualquer coisa.
Convidaram-me para jantar com eles e eu agradeci, "tenho de me ir embora
para Istambul". E quando finalmente chegou a hora, o senhor abraçou-me e
desejou-me uma boa viagem, acho eu. E eu a ele.
Há encontros assim.
VOLTEI, VOLTEI
Voltei de lá. Ainda ontem estava na China, e agora já estou cá.
Cá: em Istambul.
Estou a pôr ideias em ordem, a ler e a responder aos mails, a brincar um pouco com o facebook, a seleccionar fotos e a preparar mais um grupo, desta vez na Turquia. Arranca no próximo fim-de-semana.
Por isso a partir de hoje o blog volta ao activo, depois destes 10 dias sem acesso (o blogger está bloqueado na China). Há histórias e fotografias para partilhar. Há o que ficou por contar do Transiberiano. Há os dias que passei em Xi'An, e a viagem de regresso à Turquia.
E há o que está para acontecer. ;)
Até já!
Cá: em Istambul.
Estou a pôr ideias em ordem, a ler e a responder aos mails, a brincar um pouco com o facebook, a seleccionar fotos e a preparar mais um grupo, desta vez na Turquia. Arranca no próximo fim-de-semana.
Por isso a partir de hoje o blog volta ao activo, depois destes 10 dias sem acesso (o blogger está bloqueado na China). Há histórias e fotografias para partilhar. Há o que ficou por contar do Transiberiano. Há os dias que passei em Xi'An, e a viagem de regresso à Turquia.
E há o que está para acontecer. ;)
Até já!
17/08/2013
ATÉ JÁ!
Voltámos hoje do Parque Terelj, onde estivemos dois dias e duas noites "acampados" em gers - as tendas dos nómadas mongóis. Andámos a pé por vales e montanhas, descobrimos um mosteiro escondido nas escarpas, montámos a cavalo e comemos alguns petiscos locais. Soube bem. Até a Natasha, que não é muito dada ao outdoor, voltou de papo cheio.
Hoje passámos a tarde a correr de um lado para o outro, aqui em Ulaanbaatar. Fomos ao Mercado Negro e ao State Department Store, jantámos no Ich Mongol e ainda fizemos umas compras de última hora, para a viagem que se segue. Estou estafado.
Ou seja: amanhã de manhã partimos para a China. Não vou ter acesso ao facebook durante uns dias, e quase de certeza que também vai ser complicado actualizar o blog. Mas à mínima oportunidade: contem comigo.
Até já!
Hoje passámos a tarde a correr de um lado para o outro, aqui em Ulaanbaatar. Fomos ao Mercado Negro e ao State Department Store, jantámos no Ich Mongol e ainda fizemos umas compras de última hora, para a viagem que se segue. Estou estafado.
Ou seja: amanhã de manhã partimos para a China. Não vou ter acesso ao facebook durante uns dias, e quase de certeza que também vai ser complicado actualizar o blog. Mas à mínima oportunidade: contem comigo.
Até já!
15/08/2013
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