22/11/2013

PASSA A CORRER

E de repente passou uma semana desde o último post "a sério". Estava com o grupo em Saigão, tínhamos ido sair à noite, voltámos bonitos. Muito "bonitos".

E como diz um tio meu: noites alegres, manhãs tristes.

Assim se resume o dia seguinte, passado quase todo num autocarro que nos levou de Saigão a Phnom Penh. A ressacar a festa no Apocalypse Now. Chegámos à capital do Cambodja ao princípio da noite - nós e uma tempestade de relâmpagos e trovoada e chuva. Jantámos e deitámo-nos cedo: é o que dá. É o que dá.

Desde esse último post, ainda no Vietname, passámos já pelo Cambodja e Tailândia - e aqui estamos, na recta final da Indochina, para uma semana boa no Laos.

No primeiro dia no Cambodja ficámos a conhecer a tragédia humana que resultou do regime de terror dos Khmer Rouge, nos anos setenta. De manhã vimos o Museu do Genocídio e os Campos da Morte - e depois aligeirámos o ambiente com uma volta pelo Royal Palace e o Wat Phnom, a seguir ao almoço.

No dia seguinte fomos de minivan para Siem Reap - desta vez não havia barco, por causa do Water Festival - e a viagem que normalmente é uma "paz d'alma", infelizmente acabou por ser um verdadeiro teste à nossa paciência e resistência física. A estrada estava toda esburacada (consequência ainda das monções deste ano) e o condutor da nossa carrinha era provavelmente o mais lento de todo o Sudeste Asiático. Em vez das cinco que era suposto demorar a viagem... foram oito loooooongas horas de alcatrão e muitos buracos, travagens e lentas acelerações. Que grande seca!

O Batman (o meu driver em Siem Reap) ligava-me de meia em meia hora a pedir-me para eu apressar o condutor, mas pouco havia a fazer. Por sorte - e apesar do atraso - quando chegámos ainda tivemos tempo de ir dar uma volta de tuktuk. Em vez do habitual pôr-do-sol em Angkor, descemos uns vinte quilómetros ao longo da margem do Tonle Sap e enfiámo-nos num barco, lentamente lago adentro. Passámos por uma aldeia "flutuante" e fomos dar a uma plataforma de madeira contruída na água, ainda inacabada, onde nos sentámos a assistir ao pôr-do-sol. Que maravilhoso final de dia.


E depois foi o de sempre: Angkor!

Angkor com ponto de exclamação, claro. Angkor Wat e Angkor Thom, o Bayon e o Terraço dos Elefantes, Preah Khan antes do almoço e Ta Prohm para acabar. Foi mais um dia intenso, entre ruínas e apsaras e histórias, que começou antes do sol nascer e só terminou muito depois de escurecer.



Depois do Cambodja veio a Tailândia: a viagem desta vez foi rápida, apesar de começar com emoções fortes. Como de costume, de manhã apareceu à porta do hotel uma minivan para nos levar à fronteira. Até aqui, tudo normal. Mas o condutor vinha com cara de poucos amigos. Não respondeu quando lhe dei os bons dias, ficou sempre de trombas enquanto íamos arrumando as mochilas na bagageira. Da minha parte e do grupo só sorrisos, vamos lá embora, vamos para Bangkok, ainda por cima uma das "miúdas" fazia anos e o ambiente era de festa. Mas o senhor não queria nada com festa. Sabe-se lá porquê começou a mandar vir com as bagagens, e depois Isto & Aquilo, e à primeira reposta menos simpática de uma pessoa do grupo, o senhor começou a tirar mochilas do carro. E recusou-se a levar-nos.

Muito sinceramente: foi melhor assim.

Todos concordámos que ser conduzidos por uma pessoa naquele estado de espírito era pior do que esperar um pouco por nova carrinha. Liguei então para o meu contacto, fiz-lhe as "queixinhas" que havia a fazer e quinze minutos depois tínhamos nova minivan à porta. Era mais espaçosa que a primeira, mais confortável... e o driver, todo sorrisos!

Não há passos atrás.

A partir daqui foi sempre a sorrir. A fronteira estava quase vazia, apanhámos algum trânsito à entrada de Bangkok mas nada de especial. Chegámos a boas horas. Deu para fazer compras, massagens, descansar. Eu corri meia-cidade para encontrar o melhor bolo de anos mas vinguei-me num jantar maravilhoso de beef masaman, tom yam, pad thai, tom kha gai e uma galinha com hot basil leaves. No final cantámos os parabéns e mimámos a Conceição - e depois fomos ver um espectáculo de variedades desenvolvido a partir de um desporto olímpico muito famoso na Ásia.

;)

Cá estamos, portanto. Depois de um dia a passear por Bangkok (Chao Phraya, Palácio Real, Wat Pho e mercados) metemo-nos no night train para Nong Khai - a fronteira da Tailândia com o Laos. Hoje de manhã atravessámos o Mekong e viemos directos para Vang Vieng, sem parar na capital, e chegámos com tempo suficiente para dar as primeiras voltas, relaxar, sentir a pacata energia que este país emana.

Uma semana. Passa a correr.

Agora é tempo de baixar o ritmo.

De recuperar energias. E de pôr em dia uma série de conteúdos aqui no blog - e no facebook.

A começar com o Cristiano Ronaldo, o herói da semana. Até já! ;)

1 comentário:

Clara Amorim disse...

Muito bom voltar a ler novidade aqui no blogue!!! Uma pessoa habitua-se e depois...!
Grande abraço!