Se não contar com alguns passeios familiares de infância e
as pseudo-viagens-de-finalistas do liceu, posso afirmar que comecei realmente a
viajar aos 19-20 anos. Completei agora 35... o que, fazendo as contas, dá 15
anos de maravilhosas experiências pelo mundo fora.
Algumas viagens marcaram mais que outras, como é natural. O
primeiro Interrail, a primeira vez na Ásia (Tailândia), a minha meia-volta ao
mundo, a eterna descoberta-redescoberta da Índia, o "até onde vais com
1000 euros", a Indochina com a nomad... o meu processo de crescimento foi
influenciado pela geografia, pelos encontros - e também pelos desencontros.
Perguntam-me frequentemente qual é o meu país favorito - e
se a resposta pode parecer óbvia aos que melhor me conhecem, a experiência
tem-me revelado que favoritismos são relativos... os lugares onde passo mais
tempo, onde regresso, onde crio laços - esses tornam-se os meus preferidos. Da
Índia à Turquia, de Marrocos ao Vietname e Malásia, as voltas-que-a-vida-deu
permitem-me chamar "casa" a muitos sítios. E fico feliz por isso.
Mas voltando ao tema principal, porque este não é um texto
de filosofias ou geografias - este é um texto de matemáticas.
Em primeiro lugar: este é o 400º post deste blog. Só por
isso: parabéns!
Em segundo lugar: há muito pouco tempo, a aplicação do
facebook "Cities I've visited" informou-me que a China foi o 50º país
que visitei. Para ser sincero, não os contei pessoalmente - lembro-me de fazer
uma lista há uns anos, ainda ia em trinta e tal, mas depois descuidei-me,
perdi-a e agora fio-me no que diz o fb. Um dia destes confirmo. :)
Mas vamos às contas. Este é, como já disse, um texto de
matemáticas. E eu descobri, sem querer, um trocadilho de números muito
interessante: em 15 anos de andarilho, completei 50 países visitados. E daqui a
15 anos, completo 50 de idade.
Não sou propriamente o género de coleccionar carimbos no
passaporte (ou não estaria constantemente a voltar aos mesmos lugares). Não sou
de "fazer cruzinhas", passar a correr num país só para dizer que
"lá fui". Mas a verdade é que gosto de números redondos. Gosto de
símbolos. Gosto de fazer coincidir. E com estes números a assombrar-me os
sonhos nos últimos dias, surgiu-me a seguinte ideia:
Se fui a 50 países nos últimos 15 anos, será que consigo ir
a mais 50 nos próximos 15? Ou seja: até completar 50 anos?
Não é uma Missão. Não é um Objectivo. Tenho coisas bem mais
interessantes-importantes com que me preocupar, felizmente. Vem aí o "Tudo
é Possível", novos desafios com a nomad, projectos próprios - chamemos-lhe,
então... um desafio. Isso. Gosto de desafios. Visitar mais 50 países até aos 50
anos.
Não vai ocupar muito o meu tempo, não vai ser uma
preocupação, muito menos uma meta. Voltamos a falar sobre esta questão em 2026.
:)
2 comentários:
e que tal uma tattoo nova com o numero 50? a mãe ia adorar!!
bjs com saudades
Matematicamente comentando, serão então 100 países aos 50 anos!!!
De facto, os números podem não ser muito significativos, mas que estes são bonitos, lá isso são!!!
Boas viagens!
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