29/12/2014

15 VOLTAS PARA 2015 (11-15)

E para terminar:

11. XI'AN

Mais conhecida pelo Exército de Guerreiros de Terracota, a capital da província chinesa de Shaanxi é uma das cidades mais antigas (e mais interessantes) do país; foi, durante séculos, um dos principais pontos de partida - ou de chegada, conforme o sentido - da mítica Rota da Seda.

Quando visitei Xi'An em 2013, fiquei positivamente surpreendido com a cidade: do passeio de bicicleta que dei ao longo da muralha que circunda o centro histórico, aos petiscos e compras no Bairro Muçulmano, passando por inúmeros templos e pagodas, mesquitas e museus, antigos mausoléus e parques nacionais,... há tanto para descobrir aqui. Muito, muito além dos Guerreiros que servem de pretexto à visita.

E porquê incluir esta cidade na lista deste ano? Pois bem: em Junho de 2014 a UNESCO concedeu o título de Património da Humanidade ao corredor Chang'an-Tian-shan, uma secção da Rota da Seda com mais de dois mil anos - e que começa exactamente em Xi'An, passa as montanhas de Tian-shan, os vales do sudeste do Cazaquistão e do norte do Quirguistão, até Hosi.

Ou seja: e porque não voar até Xi'An, comprar um camelo e partir em direcção ao pôr-do-sol em plena Rota da Seda?

Tenho de dar um toque à Carla Mota, que conhece bem a zona. É que já esteve mais longe, esta viagem. Se é que me faço entender ;)


12. ISTAMBUL

Este é daqueles destinos que devia estar em todas as listas, todos os anos.

A sério. Istambul é das melhores cidades do mundo para se viajar, seja lá quando for, por quanto tempo for, com quem for. E se este argumento não for suficiente, que mais posso dizer?

Hmmm... que a Turkish Airlines agora voa directamente do Porto, por exemplo.

Gentes do Norte... estão à espera de quê?!




13. MYANMAR

"Antes que cheguem os turistas", dizem os panfletos das agências de viagens quando querem convencer os seus clientes a visitar o Myanmar. Mas a verdade é que, de certa forma, os turistas já chegaram.

O que não tem de ser um drama.

Com o aumento do número de turistas, que explodiu nos últimos tres anos, começa a notar-se que, em alguns lugares, as reacções típicas a la "my frieeend". É triste ver crianças a vender souvenirs, miúdos de mão estendida, mães de bebé ao colo a choramingar por umas migalhas. E estes são só alguns dos vícios que surgem como consequência do contacto com os turistas. E, no entanto, a verdade é que também há um lado positivo: a infra-estrutura está agora mais organizada. Existem mais transportes (seja no número de rotas e veículos, mas também na frequência e na fiabilidade), mais opções para alojamento e restauração. Pelo menos nos centros turísticos.

De qualquer forma: o importante é que as pessoas continuam a manter o mesmo sorriso, a hospitalidade e a sinceridade quase inocente com que vivem no dia-a-dia. A interacção humana continua a ser aquilo que mais marca na Birmânia. E isso não mudou - ainda.



Diz quem sabe que é quase garantido que 2016 seja o ano "Visit Myanmar", à imagem das Filipinas em 2015 e da Malásia no ano que agora acaba. Se isso se confirmar, esse pode vir a ser o ano que marca a grande diferença na abordagem do país ao turismo... e dos próprios turistas relativamente ao país.

Este ano vou dar uma volta ao Myanmar... três ou quatro vezes, em princípio. Uma ou duas com grupos da Nomad, uma ou duas por minha conta. Quero explorar melhor, aprofundar aquilo que já conheço e descobrir lugares novos, surpreender-me com o inesperado. Alguém quer vir?

14. COLÔMBIA

Hoje de manhã estava no aeroporto de Lisboa, prestes a embarcar para Istambul, quando se fez ouvir um aviso de última chamada para o voo da TAP para Bogotá. Já nem me lembrava desta nova rota da transportadora portuguesa.

Ou seja: não há desculpa para continuar a adiar um regresso que desejo desde que visitei o país, há pouco mais de ano e meio.

O que mais me impressionou quando fui à Colômbia, apesar de ir "avisado", foi o calor humano. É um país que abraça. Que nos faz sentir em casa. Que nos convida para um pezinho de dança. Que tem sempre um sorriso, uma palavra simpática, um piropo.

A Colômbia, arrisco-me a dizer, estará para a América Latina como o Irão para o Médio Oriente; e a Birmânia ou o Laos para a Ásia. Será um absurdo, aquilo que estou a dizer? É que eu próprio não sei explicar isto.

É ir lá em 2015, meus amigos.

15. ÍNDIA

O sistema de vistos está a ser "aligeirado" na Índia: apesar de os portugueses ainda não beneficiarem destas novidades, há neste momento várias nacionalidades que podem tratar das formalidades à chegada ao país. E é só uma questão de tempo até se alargar o sistema a mais países - incluindo o nosso.

Mas para ser muito sincero: não são precisos motivos para voltar à Índia.

À Índia vai-se porque sim.

Mais forte que lógicas e argumentos, mais que o tempo, este ano ou outro, não interessa. À Índia vai-se quando se pode, quando se sente, quando é mais forte que nós e tem mesmo de ser. E assim espero, este ano, como no último e no outro antes e nos outros antes... só de escrever estas linhas já me dá uma comichão na sola dos pés, uma vontade de trocar o voo de hoje à noite.



Jantarzinho em Kuala Lumpur, na véspera da véspera do Ano Novo? Fogo-de-artifício em Singapura? Uma semana de papo para o ar em Bali? Ponham-se a pau, férias, que eu ainda troco as voltas e meto-me "à sucapa" num voo para Bombaim. ;)

1 comentário:

Clara Amorim disse...

Estas voltas são de nos dar a volta à cabeça...!
Se o ano tivesse, pelo menos, 24 meses...!
Um ano em grande para ti, Jorge, com muitas voltas!!!