A cor de hoje é Arroz.
Um verde que grita do lado de fora da janela, que deixo para trás mas que nunca-mais-acaba. O comboio atravessa o mapa do Vietname, de cima para baixo, Saigão no horizonte, pouca-terra, pouca-terra. O sol desce devagar, as cores ganham sombras e mistérios.
27/02/2014
BOM DIA... SOBRE CARRIS
Hoje avançamos Vietname-abaixo no Reunification Express, em direcção a Saigão.
O "click do dia" celebra exactamente este comboio. Bom dia!
O "click do dia" celebra exactamente este comboio. Bom dia!
26/02/2014
POR ONDE TENHO ANDADO
Não dei muitas voltas, desde o Amuo - e passou pouco mais de uma semana, de qualquer forma.
Estive uma semana em Hanói, a preparar a viagem e a escrever como se as palavras estivessem em saldos - e depois do grupo da Nomad chegar, descemos 100km até Ninh Binh e na noite passada atravessámos meio-Vietname no Reunification Express, até Hué. Hoje passámos o dia em cima de motas, a explorar os arredores da cidade, e terminámos numa "esplanada secreta" junto ao Rio Perfume, a olhar o plácido horizonte e a conversar sobre História do Vietname, livros vários, muita música, Harry Potter e mitologia hindu.
Hoje à noite há karaoke vietnamita.
Por agora, deixo-vos um resumo do que foram estes dias vietnamitas, do ponto de vista do "chão que eu piso":
Para mais fotos deste "calibre", procurem o respectivo álbum aqui, no facebook do FUI DAR UMA VOLTA.
Estive uma semana em Hanói, a preparar a viagem e a escrever como se as palavras estivessem em saldos - e depois do grupo da Nomad chegar, descemos 100km até Ninh Binh e na noite passada atravessámos meio-Vietname no Reunification Express, até Hué. Hoje passámos o dia em cima de motas, a explorar os arredores da cidade, e terminámos numa "esplanada secreta" junto ao Rio Perfume, a olhar o plácido horizonte e a conversar sobre História do Vietname, livros vários, muita música, Harry Potter e mitologia hindu.
Hoje à noite há karaoke vietnamita.
Por agora, deixo-vos um resumo do que foram estes dias vietnamitas, do ponto de vista do "chão que eu piso":
Para mais fotos deste "calibre", procurem o respectivo álbum aqui, no facebook do FUI DAR UMA VOLTA.
BOM DIA, INDOCHINA!
Com a internet outra vez de bom feitio, é tempo de retomar o ritmo deste blog.
A começar com os "click do dia", a rubrica diária - ou quase diária - que comecei este ano e tive de interromper nos últimos dias.
Partilho então a foto que ficou "pendurada", quando o computador bloqueou pela primeira vez. Foi tirada há cinco anos, antes da primeira edição da Indochina, quando ainda estava a "preparar o terreno" para a aventura que já vai na 18ª edição.
É um click made in Bangkok, o de hoje:
Bom dia, Indochina!
A começar com os "click do dia", a rubrica diária - ou quase diária - que comecei este ano e tive de interromper nos últimos dias.
Partilho então a foto que ficou "pendurada", quando o computador bloqueou pela primeira vez. Foi tirada há cinco anos, antes da primeira edição da Indochina, quando ainda estava a "preparar o terreno" para a aventura que já vai na 18ª edição.
É um click made in Bangkok, o de hoje:
Bom dia, Indochina!
JÁ PASSOU
Eu com o jetlag e o computador amuado.
(agora imaginem a música do X-Files)
Não consigo explicar o que se passou, mas em Hanói o computador resolveu amuar, e deixou de obedecer às ordens do seu mestre - eu. Conseguia pôr quase tudo a funcionar, word, photoshop e outros... mas sempre que tentava ligar à net, o computador bloqueava.
Obscuros mistérios que nem a ciência sabe explicar.
Enfim: os amuos mais as correrias com os últimos preparativos da Indochina, o grupo a chegar ao aeroporto e eu a fazer piscinas, ir-e-vir, ir-e-vir... e depois as caminhadas pelo Old Quarter, o frio, as jantaradas, a chuvinha molha-parvos. Ou seja: o blog ficou, por alguns dias, votado ao "esquecimento".
Entretanto levei o computador a uma loja da especialidade e os senhores - os especialistas - não conseguiam perceber o que se passava. Porque o computador funcionava perfeitamente, lá na loja. Vá-se lá entender. Feitios.
Já não estou em Hanói. E ao computador parece que lhe passou o mau feitio. Acho que o amuo era com o hotel. Só pode. Com o wifi do hotel. De que outra forma se pode explicar o facto de estar a funcionar perfeitamente, aqui em Hué?
O importante é que está tudo bem outra vez - e sendo assim, anuncio "oficialmente" o regresso às crónicas, fotos e afins.
(agora imaginem a música do X-Files)
Não consigo explicar o que se passou, mas em Hanói o computador resolveu amuar, e deixou de obedecer às ordens do seu mestre - eu. Conseguia pôr quase tudo a funcionar, word, photoshop e outros... mas sempre que tentava ligar à net, o computador bloqueava.
Obscuros mistérios que nem a ciência sabe explicar.
Enfim: os amuos mais as correrias com os últimos preparativos da Indochina, o grupo a chegar ao aeroporto e eu a fazer piscinas, ir-e-vir, ir-e-vir... e depois as caminhadas pelo Old Quarter, o frio, as jantaradas, a chuvinha molha-parvos. Ou seja: o blog ficou, por alguns dias, votado ao "esquecimento".
Entretanto levei o computador a uma loja da especialidade e os senhores - os especialistas - não conseguiam perceber o que se passava. Porque o computador funcionava perfeitamente, lá na loja. Vá-se lá entender. Feitios.
Já não estou em Hanói. E ao computador parece que lhe passou o mau feitio. Acho que o amuo era com o hotel. Só pode. Com o wifi do hotel. De que outra forma se pode explicar o facto de estar a funcionar perfeitamente, aqui em Hué?
O importante é que está tudo bem outra vez - e sendo assim, anuncio "oficialmente" o regresso às crónicas, fotos e afins.
18/02/2014
JETLAG?!
Um voo de duas horas... e estou com jetlag?!
Deve ser da quantidade absurda de horas que tenho dormido ;)
Como se não bastassem as noites mal-dormidas na praia, no comboio e em autocarros; em Bangalore fui para a borga - e a noite seguinte passei-a no aeroporto e no avião para Kuala Lumpur.
Ontem aterrei na Malásia às seis da manhã, durante o dia dormi duas horas mas o bafo era tal que não deu para mais. Às três da manhã voltei para o aeroporto, às seis levantei voo, às oito aterrei no Vietname. Que frio!
E o resto do dia de hoje foi uma espécie de sonho, uma fantasia desfocada sem tempo definido, enquanto tentava finalizar o que havia para finalizar da Indochina que arranca no próximo Domingo.
A sério... jetlag?!
17/02/2014
SÓ PORQUE SIM
Só porque me apetece, porque tenho saudades, porque ainda a sinto muito forte em cada passo, em cada pensamento. A Índia.
Só porque sim: sem mais conversa nem contexto nem mais nada, partilho dez fotos tiradas ao longo da última semana, entre Kerala e Tamil Nadu.
Só porque sim: sem mais conversa nem contexto nem mais nada, partilho dez fotos tiradas ao longo da última semana, entre Kerala e Tamil Nadu.
QUE CALOOOOOR!
Estou em Kuala Lumpur, num pitstop de vinte e quatro horas entre a Índia e o Vietname... e estou a derreter.
Estão 35º, sei lá quanto de humidade, só de pestanejar começo a suar. E se juntar ao caldeirão o facto de estar a recuperar da última (e louca) semana na Índia... isto não está nada fácil.
Coragem reunida, vou sair daqui a nada para imprimir os documentos que tenho de apresentar na Imigração do aeroporto de Hanói, quando lá chegar amanhã.
Volto já.
Estão 35º, sei lá quanto de humidade, só de pestanejar começo a suar. E se juntar ao caldeirão o facto de estar a recuperar da última (e louca) semana na Índia... isto não está nada fácil.
Coragem reunida, vou sair daqui a nada para imprimir os documentos que tenho de apresentar na Imigração do aeroporto de Hanói, quando lá chegar amanhã.
Volto já.
UM DOS MELHORES
Assisti, há poucos dias, a um dos melhores nasceres-do-sol de que tenho memória.
Estava em Kodaikanal, uma "hill station" no coração do Tamil Nadu (sul da Índia), e acordei de propósito para o espectáculo. O despertador tocou pouco antes das seis da manhã, o escuro e o frio que se faziam sentir - estava a mais ou menos dois mil metros de altitude - não ajudaram nada à dura tarefa de me levantar da cama... mas consegui.
Saí para a rua com as palavras transformadas em nuvens, em frente à minha boca. Calcorreei as ruas do centro e acelerei o passo quando o céu começou a revelar um jogo de cores digno de uma tela. Mas quando cheguei ao Coacker's Walk, deparei-me com um portão fechado. Nem sabia que tinha portão, estava convencido que era simplesmente um "caminho com vista".
Cadeados à porta, ninguém à vista, um placard a dizer que abria às seis e meia da manhã. Eram seis e meia, ninguém à vista. Com o céu a desfazer-se em laranjas e rosas e amarelos e todas as variações possíveis das três, entrei em desespero. Tenho de entrar, não acordei às horas que acordei para "ficar à porta".
Perguntei num hotel ali perto, disseram-me que "eles" só vinham às sete e meia. Outra pessoa garantiu-me que só abria às oito e meia.
"Vamos saltar!", disse ao meu amigo Yaseen, que me acompanhara neste passeio. Ele vacilou um bocado, eu incentivei-o e insisti:
"Não te preocupes, se nos apanharem deixa que eu trato do assunto, sou turista... acordámos às cinco da manhã para ver o nascer-do-sol aqui, como publicitado por eles próprios, não estava ninguém na porta à hora oficial de abertura e alguém nos disse que podíamos saltar. Alguém que entretanto desapareceu."
Dito e feito. Saltámos o muro e percorremos o Coacker's Walk sem mais ninguém, nem turistas nem vendedores nem macacos. Só nós e este nascer-do-sol que é o click do dia:
Estava em Kodaikanal, uma "hill station" no coração do Tamil Nadu (sul da Índia), e acordei de propósito para o espectáculo. O despertador tocou pouco antes das seis da manhã, o escuro e o frio que se faziam sentir - estava a mais ou menos dois mil metros de altitude - não ajudaram nada à dura tarefa de me levantar da cama... mas consegui.
Saí para a rua com as palavras transformadas em nuvens, em frente à minha boca. Calcorreei as ruas do centro e acelerei o passo quando o céu começou a revelar um jogo de cores digno de uma tela. Mas quando cheguei ao Coacker's Walk, deparei-me com um portão fechado. Nem sabia que tinha portão, estava convencido que era simplesmente um "caminho com vista".
Cadeados à porta, ninguém à vista, um placard a dizer que abria às seis e meia da manhã. Eram seis e meia, ninguém à vista. Com o céu a desfazer-se em laranjas e rosas e amarelos e todas as variações possíveis das três, entrei em desespero. Tenho de entrar, não acordei às horas que acordei para "ficar à porta".
Perguntei num hotel ali perto, disseram-me que "eles" só vinham às sete e meia. Outra pessoa garantiu-me que só abria às oito e meia.
"Vamos saltar!", disse ao meu amigo Yaseen, que me acompanhara neste passeio. Ele vacilou um bocado, eu incentivei-o e insisti:
"Não te preocupes, se nos apanharem deixa que eu trato do assunto, sou turista... acordámos às cinco da manhã para ver o nascer-do-sol aqui, como publicitado por eles próprios, não estava ninguém na porta à hora oficial de abertura e alguém nos disse que podíamos saltar. Alguém que entretanto desapareceu."
Dito e feito. Saltámos o muro e percorremos o Coacker's Walk sem mais ninguém, nem turistas nem vendedores nem macacos. Só nós e este nascer-do-sol que é o click do dia:
16/02/2014
1000!
Antes de passar a outros números e estatísticas, permitam-me uma rápida comemoração deste que é o milésimo post do FUI DAR UMA VOLTA.
Woohooooo!!!
Obrigado.
Exactamente, não me enganei: este é o post número 1000!
Que número tão redondo, tão digno de ser festejado: quem diria que esta brincadeira - que começou há nove anos e meio - havia de se transformar num projecto pessoal que tento levar cada vez mais a sério. E porque sou amigo de curiosidades e coincidências: sabiam que o blog arrancou com a minha viagem de seis meses à Índia... e este milésimo post acontece no dia em que estou a sair, mais uma vez, deste maravilhoso país em forma de diamante?
Mil posts! Crónicas e fotos, breves comentários, curiosidades, insólitos, notícias e números. Quantas aventuras e peripécias, quantos encontros e desencontros, surpresas e stresses, quantos países novos, culturas e tradições, paisagens de cortar a respiração, experiências inesquecíveis, quantos pequenos nadas. Este blog é feito de muito mais que apenas viagens. É feito do próprio prazer de viajar, da comichão de descobrir, de ser surpreendido. É feito de olhos abertos, braços, coração, mente. É feito de mundos e universos.
Podia embarcar aqui numa longa dissertação sobre o blog, quem sabe partilhar algumas estatísticas e curiosidades da vida longa que já leva - mas não vou fazer isso. Deixo esse exercício (ou a probabilidade da sua execução) para outras conjunturas. Quem sabe na comemoração dos dez anos.
Hoje completo um mês na Índia - e é esta aventura que vou celebrar neste post.
É a minha sétima... ou oitava... ou será a nona visita à Índia? Não faço ideia. Já perdi a conta, já misturo esta passagem com outras, já não sei se aquela vale por uma ou por duas. Esta casa enorme que é a Índia, tenho-a construído aos poucos, janelas e portas e paredes, já não sei qual pertence a onde. Isto não é uma casa, é um castelo. Não: é um labirinto. Não interessa. O número de vezes que viajei neste país é, como o próprio lugar, como a própria experiência, muito relativo. Num país onde "ontem" e "amanhã" dizem-se com a mesma palavra: há, de certeza, outros números bem mais interessantes para discutir. Enfim: o importante agora é que se completa um mês desde que cheguei a Calcutá. Estou am Bangalore e daqui a umas horas vou para o aeroporto. Vou-me embora.
Foi um mês que ultrapassou as expectativas. Tinha três objectivos:
1. descansar, recuperar energias e escrever;
2. reencontrar os amigos do costume;
3. viajar por minha conta, "à antiga", à descoberta de mais algumas Índias que desconhecesse.
Descansei, recuperei energias e escrevi. As duas semanas passadas no Kerala foram absolutamente regeneradoras, e se já antes gostava deste estado do sul do país, agora estou apaixonado, quero voltar sempre que puder. A comida é excelente, as pessoas afáveis, há mais sorrisos per capita do que na maior parte do subcontinente. Gosto disto.
Nesta viagem passei por cinco estados: West Bengal, Bihar (uma estreia), Maharashtra, Kerala e Tamil Nadu. Regressei a cidades e sorrisos que têm um cantinho especial no meu coração - e visitei pela primeira vez uma série de novos lugares: Bishnupur e Goghat; Bodhgaya e Patna; Cherai Beach e Thiruvankulam; Thiruvalla e Kodaikanal. Reencontrei parte do gang de Bombaim (Abbey, Louisa, Rajeev, Seema, Poonam), alguns dos amigos de Trivandrum (Tom, Arun, Yaseen e Aarish), metade do grupo de Bangalore (Bunty, Naveen, Mano, Guru, Reena). E, como já se estava mesmo à espera, fiz novos amigos por onde fui passando.
Quanto a números:
Três voos internos, três comboios, quinze autocarros e sei lá quantos riquexós, motas e carros.
Das 32 noites que fazem esta viagem: dezassete foram passadas em hotéis ou gueshouses, em dez dormi em casas de amigos, duas na praia, uma num autocarro, outra num comboio e mais uma num barco - nas backwaters do Kerala.
Mas a viagem é muito mais que números. Não esquecerei a energia do templo budista de Mahabodhi, em Bodhgaya; nem a viagem de mota, a três, no West Bengal - e os dias que se seguiram na aldeia do Kosik; nem os dias de descanso em Cherai Beach, com a minha amiga Marta, em que fizemos pouco mais do que passear na praia, comer marisco e peixe, fazer massagens ayurveda e conversar horas a fio na varanda e na rede do nosso bungalow em cima da água; nem dos casamentos (dois!) para os quais fui convidado, e que acabaram em festa - um nas backwaters, outro na areia da praia; nem da aldeia do Don, um taxista/político/estudante-de-engenharia-mecânica muito engraçado; nem da ida repentina à farmhouse do Abbey; nem da viagem-relâmpago ao Tamil Nadu com o meu amigo Yaseen; nem do nascer-do-sol mais espectacular de sempre... esse ainda estou para mostrar ;)
Enfim: experiências, como os chapéus, há muitas.
E é preciso agarrar a vida e as oportunidades, há que saber dizer SIM e devolver o abraço. Este mês foi um constante "reminder" disso mesmo. E porque o post já vai longo e tenho de me despachar para embarcar no avião, por hoje fico-me por aqui. E fico muito bem. ;)
Amanhã acordo na Malásia - e daqui a quase-nada estou de volta a Hanói, para receber mais um grupo da Nomad que me vai acompanhar na volta da Indochina.
Woohooooo!!!
Obrigado.
Exactamente, não me enganei: este é o post número 1000!
Que número tão redondo, tão digno de ser festejado: quem diria que esta brincadeira - que começou há nove anos e meio - havia de se transformar num projecto pessoal que tento levar cada vez mais a sério. E porque sou amigo de curiosidades e coincidências: sabiam que o blog arrancou com a minha viagem de seis meses à Índia... e este milésimo post acontece no dia em que estou a sair, mais uma vez, deste maravilhoso país em forma de diamante?
Mil posts! Crónicas e fotos, breves comentários, curiosidades, insólitos, notícias e números. Quantas aventuras e peripécias, quantos encontros e desencontros, surpresas e stresses, quantos países novos, culturas e tradições, paisagens de cortar a respiração, experiências inesquecíveis, quantos pequenos nadas. Este blog é feito de muito mais que apenas viagens. É feito do próprio prazer de viajar, da comichão de descobrir, de ser surpreendido. É feito de olhos abertos, braços, coração, mente. É feito de mundos e universos.
Podia embarcar aqui numa longa dissertação sobre o blog, quem sabe partilhar algumas estatísticas e curiosidades da vida longa que já leva - mas não vou fazer isso. Deixo esse exercício (ou a probabilidade da sua execução) para outras conjunturas. Quem sabe na comemoração dos dez anos.
Hoje completo um mês na Índia - e é esta aventura que vou celebrar neste post.
É a minha sétima... ou oitava... ou será a nona visita à Índia? Não faço ideia. Já perdi a conta, já misturo esta passagem com outras, já não sei se aquela vale por uma ou por duas. Esta casa enorme que é a Índia, tenho-a construído aos poucos, janelas e portas e paredes, já não sei qual pertence a onde. Isto não é uma casa, é um castelo. Não: é um labirinto. Não interessa. O número de vezes que viajei neste país é, como o próprio lugar, como a própria experiência, muito relativo. Num país onde "ontem" e "amanhã" dizem-se com a mesma palavra: há, de certeza, outros números bem mais interessantes para discutir. Enfim: o importante agora é que se completa um mês desde que cheguei a Calcutá. Estou am Bangalore e daqui a umas horas vou para o aeroporto. Vou-me embora.
Foi um mês que ultrapassou as expectativas. Tinha três objectivos:
1. descansar, recuperar energias e escrever;
2. reencontrar os amigos do costume;
3. viajar por minha conta, "à antiga", à descoberta de mais algumas Índias que desconhecesse.
Descansei, recuperei energias e escrevi. As duas semanas passadas no Kerala foram absolutamente regeneradoras, e se já antes gostava deste estado do sul do país, agora estou apaixonado, quero voltar sempre que puder. A comida é excelente, as pessoas afáveis, há mais sorrisos per capita do que na maior parte do subcontinente. Gosto disto.
Nesta viagem passei por cinco estados: West Bengal, Bihar (uma estreia), Maharashtra, Kerala e Tamil Nadu. Regressei a cidades e sorrisos que têm um cantinho especial no meu coração - e visitei pela primeira vez uma série de novos lugares: Bishnupur e Goghat; Bodhgaya e Patna; Cherai Beach e Thiruvankulam; Thiruvalla e Kodaikanal. Reencontrei parte do gang de Bombaim (Abbey, Louisa, Rajeev, Seema, Poonam), alguns dos amigos de Trivandrum (Tom, Arun, Yaseen e Aarish), metade do grupo de Bangalore (Bunty, Naveen, Mano, Guru, Reena). E, como já se estava mesmo à espera, fiz novos amigos por onde fui passando.
Quanto a números:
Três voos internos, três comboios, quinze autocarros e sei lá quantos riquexós, motas e carros.
Das 32 noites que fazem esta viagem: dezassete foram passadas em hotéis ou gueshouses, em dez dormi em casas de amigos, duas na praia, uma num autocarro, outra num comboio e mais uma num barco - nas backwaters do Kerala.
Mas a viagem é muito mais que números. Não esquecerei a energia do templo budista de Mahabodhi, em Bodhgaya; nem a viagem de mota, a três, no West Bengal - e os dias que se seguiram na aldeia do Kosik; nem os dias de descanso em Cherai Beach, com a minha amiga Marta, em que fizemos pouco mais do que passear na praia, comer marisco e peixe, fazer massagens ayurveda e conversar horas a fio na varanda e na rede do nosso bungalow em cima da água; nem dos casamentos (dois!) para os quais fui convidado, e que acabaram em festa - um nas backwaters, outro na areia da praia; nem da aldeia do Don, um taxista/político/estudante-de-engenharia-mecânica muito engraçado; nem da ida repentina à farmhouse do Abbey; nem da viagem-relâmpago ao Tamil Nadu com o meu amigo Yaseen; nem do nascer-do-sol mais espectacular de sempre... esse ainda estou para mostrar ;)
Enfim: experiências, como os chapéus, há muitas.
E é preciso agarrar a vida e as oportunidades, há que saber dizer SIM e devolver o abraço. Este mês foi um constante "reminder" disso mesmo. E porque o post já vai longo e tenho de me despachar para embarcar no avião, por hoje fico-me por aqui. E fico muito bem. ;)
Amanhã acordo na Malásia - e daqui a quase-nada estou de volta a Hanói, para receber mais um grupo da Nomad que me vai acompanhar na volta da Indochina.
QUERO É DORMIR...
Eu sei que estou a precisar de dormir... mas ontem não resisti. Era a última noite na Índia e estou em Bangalore. Tinha de sair!
Cheguei a casa às quatro da manhã e hoje acordei com os gritos da IURD cá do bairro, a música aos berros, altifalantes e guitarras, palmas e pais-nossos, mais o padre em histérico êxtase, numa mistura de líder sindical, pastor da igreja maná, hitler em discurso às tropas. Que chinfrineira! Não consegui pregar olho, a partir das sete da manhã.
Assim sendo: hoje quero é dormir.
E o click do dia, que é uma das minhas fotos preferidas entre as centenas que tirei nas últimas quatro semanas, é dedicado a este estado de espírito.
Bom dia aos viajantes ressacados desta manhã de domingo :)
Cheguei a casa às quatro da manhã e hoje acordei com os gritos da IURD cá do bairro, a música aos berros, altifalantes e guitarras, palmas e pais-nossos, mais o padre em histérico êxtase, numa mistura de líder sindical, pastor da igreja maná, hitler em discurso às tropas. Que chinfrineira! Não consegui pregar olho, a partir das sete da manhã.
Assim sendo: hoje quero é dormir.
E o click do dia, que é uma das minhas fotos preferidas entre as centenas que tirei nas últimas quatro semanas, é dedicado a este estado de espírito.
Bom dia aos viajantes ressacados desta manhã de domingo :)
15/02/2014
AS CONTAS ÀS VOLTAS (1)
Estou a pouco mais de vinte e quatro horas de me enfiar num avião e cruzar o céu escuro em direcção à Indochina - a volta que me vai ocupar o resto deste mês e o próximo.
Começo a fazer contas às voltas, e sem precisar de muito esforço nem matemáticas nem físico-químicas, chego à conclusão óbvia de que foi um bom mês, este passado na Índia.
Nos últimos tempos nem sequer tenho encontrado muita disponibilidade para "vir aqui" actualizar histórias e partilhar peripécias. É a novidade do "click do dia", uma ou outra crónica... mas a verdade é que "estagnei" mais ou menos por altura da ida a Bodhgaya - e depois disso ainda passei por Patna, estive uns dias em Bombaim e finalmente desci para o Kerala, onde fiquei duas semanas, tempo mais-que-suficiente para me voltar a apaixonar pela sua paisagem e pelas pessoas, pela comida e pelas experiências.
Só nesta última semana tive direito a dois casamentos e a um festival hindu, caminhadas de vinte quilómetros e viagens intermináveis de autocarros, mochilas às costas, nasceres-do-sol e chocolates caseiros, sumos frescos de frutas cujo-nome-nunca-ouvi-falar, petiscos de fazer lamber os dedos da mão direita, depois de comer como-eles-comem, como deve ser aqui; passeios de "gaivota", passeios de barco e passeios de bicicleta; bebedeiras entre amigos, almoçaradas de São Valentim...
Nas últimas cinco noites, dormi duas vezes na praia, uma no comboio, outra num autocarro - e apenas uma vez numa cama. Que semana! Sinto-me tão Cheio, nesta hora de quase-despedida.
A ver se materializo estas contas às voltas - e depois partilho aqui. Já conversamos ;)
Começo a fazer contas às voltas, e sem precisar de muito esforço nem matemáticas nem físico-químicas, chego à conclusão óbvia de que foi um bom mês, este passado na Índia.
Nos últimos tempos nem sequer tenho encontrado muita disponibilidade para "vir aqui" actualizar histórias e partilhar peripécias. É a novidade do "click do dia", uma ou outra crónica... mas a verdade é que "estagnei" mais ou menos por altura da ida a Bodhgaya - e depois disso ainda passei por Patna, estive uns dias em Bombaim e finalmente desci para o Kerala, onde fiquei duas semanas, tempo mais-que-suficiente para me voltar a apaixonar pela sua paisagem e pelas pessoas, pela comida e pelas experiências.
Só nesta última semana tive direito a dois casamentos e a um festival hindu, caminhadas de vinte quilómetros e viagens intermináveis de autocarros, mochilas às costas, nasceres-do-sol e chocolates caseiros, sumos frescos de frutas cujo-nome-nunca-ouvi-falar, petiscos de fazer lamber os dedos da mão direita, depois de comer como-eles-comem, como deve ser aqui; passeios de "gaivota", passeios de barco e passeios de bicicleta; bebedeiras entre amigos, almoçaradas de São Valentim...
Nas últimas cinco noites, dormi duas vezes na praia, uma no comboio, outra num autocarro - e apenas uma vez numa cama. Que semana! Sinto-me tão Cheio, nesta hora de quase-despedida.
A ver se materializo estas contas às voltas - e depois partilho aqui. Já conversamos ;)
BOM DIA, FIM-DE-SEMANA
Click feito ontem à tarde, na primeira de duas visitas ao templo Attukal, onde se ultimam os preparativos para o maior festival do ano - o Attukal Pongala. Ao qual, infelizmente, não vou poder assistir. :(
Enfim: isto tudo para desejar um bom fim-de-semana, seja no espírito do Valentim ou no espírito do Valentão, independentemente daquilo que o S. Pedro tiver na manga.
Sorrisos é o que se quer :)
Enfim: isto tudo para desejar um bom fim-de-semana, seja no espírito do Valentim ou no espírito do Valentão, independentemente daquilo que o S. Pedro tiver na manga.
Sorrisos é o que se quer :)
14/02/2014
BOM DIA, BEIJINHOS!
Em dia de S. Valentim, não há como escapar ao espírito: e o click de hoje é, como se estava mesmo a ver, dedicado ao Amor.
Cá vai foto. Um bom dia para todos os pombinhos out there ;)
Cá vai foto. Um bom dia para todos os pombinhos out there ;)
10/02/2014
CASTIGO DE BUDA
Quando fui visitar o Mahabodhi Temple, aconteceu-me uma daquelas que apetece mandar-vir com toda a gente, quando a culpa não é de ninguém.
Enfim...
Quando cheguei às imediações do templo, perguntei a um guarda por onde se entrava e ele apontou-me para a rua que seguia em frente. Mal comecei a avançar, reparei numa corda que avançava paralela, e as pessoas que seguiam no lado contrário iam para o templo.
Isto é para controlar as filas, pensei. E como não havia fila, pareceu-me desnecessário ter de ir ao fim da rua só para dar a volta à corda e depois voltar tudo para trás.
Eu juro que não queria passar à frente de ninguém, não me estava a armar em chico-esperto - estava só a ser prático!
Passei por baixo da corda, ninguém me disse nada e eu nada disse a ninguém - e quando cheguei ao detector de metais, passei com toda a calma do mundo e nem achei estranho o segurança chamar-me e pedir para abrir o saco da câmara. Mostrei-lhe a câmara:
"Where is the camera ticket?"
Pois. Tive de voltar a rua toda para trás, comprar um bilhete para a câmara (a entrada é livre, mas as fotos pagam-se) e depois percorrer o caminho todo - pela terceira vez - até à entrada.
E como o Buda não estava satisfeito com a pena cumprida, quando finalmente passei o detector de metais, outro segurança começa a apontar para o meu bolso:
"What do you have there?"
É só o telefone, respondi. E saquei do telefone para mostrar que não tinha nenhuma arma comigo.
Mas afinal tinha.
"No mobiles allowed inside!"
Exactamente. Por causa do ataque à bomba sofrido no ano passado. Ou seja: volta até ao início da rua outra vez, Jorge Vassallo. Apetece-te gritar com alguém, mandar-vir, fazer cara feia? Faz pare dentro. Manda vir contigo mesmo, mais ninguém tem culpa.
Voltei para trás. Depositei o telefone no lugar próprio. E mais uma vez, já perdi a conta mas lá fui eu até à entrada do templo. E desta vez passei.
Castigo de Deus, pensei, por ter passado por baixo da corda.
Ou, para ser mais adequado ao lugar: castigo de Buda.
Enfim...
Quando cheguei às imediações do templo, perguntei a um guarda por onde se entrava e ele apontou-me para a rua que seguia em frente. Mal comecei a avançar, reparei numa corda que avançava paralela, e as pessoas que seguiam no lado contrário iam para o templo.
Isto é para controlar as filas, pensei. E como não havia fila, pareceu-me desnecessário ter de ir ao fim da rua só para dar a volta à corda e depois voltar tudo para trás.
Eu juro que não queria passar à frente de ninguém, não me estava a armar em chico-esperto - estava só a ser prático!
Passei por baixo da corda, ninguém me disse nada e eu nada disse a ninguém - e quando cheguei ao detector de metais, passei com toda a calma do mundo e nem achei estranho o segurança chamar-me e pedir para abrir o saco da câmara. Mostrei-lhe a câmara:
"Where is the camera ticket?"
Pois. Tive de voltar a rua toda para trás, comprar um bilhete para a câmara (a entrada é livre, mas as fotos pagam-se) e depois percorrer o caminho todo - pela terceira vez - até à entrada.
E como o Buda não estava satisfeito com a pena cumprida, quando finalmente passei o detector de metais, outro segurança começa a apontar para o meu bolso:
"What do you have there?"
É só o telefone, respondi. E saquei do telefone para mostrar que não tinha nenhuma arma comigo.
Mas afinal tinha.
"No mobiles allowed inside!"
Exactamente. Por causa do ataque à bomba sofrido no ano passado. Ou seja: volta até ao início da rua outra vez, Jorge Vassallo. Apetece-te gritar com alguém, mandar-vir, fazer cara feia? Faz pare dentro. Manda vir contigo mesmo, mais ninguém tem culpa.
Voltei para trás. Depositei o telefone no lugar próprio. E mais uma vez, já perdi a conta mas lá fui eu até à entrada do templo. E desta vez passei.
Castigo de Deus, pensei, por ter passado por baixo da corda.
Ou, para ser mais adequado ao lugar: castigo de Buda.
DIZ QUE ESTÁ A CHOVER
Parece que está a chover, em Portugal. Li qualquer coisa sobre árvores caídas, estradas cortadas, voos desviados e até um derby adiado.
Por aqui, no Sul da Índia, não se aguenta com tanto calor... mas não vou falar sobre isso. Hoje recuperei uma foto com dois anos, que fiz aqui em Trivandrum, da última vez que visitei o Kerala. Penso que já a publiquei no álbum deidicado à Índia, no meu perfil de facebook.
O click de hoje é dedicado às intempéries que se vivem aí no Rectângulo. Que passem depressa.
Um bom dia a todos!
Por aqui, no Sul da Índia, não se aguenta com tanto calor... mas não vou falar sobre isso. Hoje recuperei uma foto com dois anos, que fiz aqui em Trivandrum, da última vez que visitei o Kerala. Penso que já a publiquei no álbum deidicado à Índia, no meu perfil de facebook.
O click de hoje é dedicado às intempéries que se vivem aí no Rectângulo. Que passem depressa.
Um bom dia a todos!
08/02/2014
BOM DIA, FELICIDADE :)
Há mais-ou-menos duas semanas, não sei ao certo porque deixei de contar os dias ultimamente, viajei de comboio de Gaya para a capital do estado do Bihar, Patna. Vinha de Bodhgaya e a sua atmosfera pacata e mágica, e o objectivo era apanhar (no dia seguinte) um avião para Bombaim. Que de pacato tem pouco... mas de magia tem muito.
O click de hoje foi tirado neste comboio. Eu estava sentado à janela... os miúdos estavam pendurados na porta. Viajavam animadamente, à conversa, saltavam em cada paragem, voltavam a subir quando o comboio arrancava. Assim viajaram durante meia hora, até chegarem onde tinham de chegar.
Claro que é perigoso, estes miúdos correm um risco estúpido que não deviam correr. Conheci, inclusivamente, um miúdo que morreu em Bombaim assim, pendurado num local. De qualquer forma, se nos abstrairmos desta noção: fica o momento. Fica o sorriso. O olhar cheio de uma energia especial, atrever-me-ia a chamar-lhe "felicidade".
O click de hoje foi tirado neste comboio. Eu estava sentado à janela... os miúdos estavam pendurados na porta. Viajavam animadamente, à conversa, saltavam em cada paragem, voltavam a subir quando o comboio arrancava. Assim viajaram durante meia hora, até chegarem onde tinham de chegar.
Claro que é perigoso, estes miúdos correm um risco estúpido que não deviam correr. Conheci, inclusivamente, um miúdo que morreu em Bombaim assim, pendurado num local. De qualquer forma, se nos abstrairmos desta noção: fica o momento. Fica o sorriso. O olhar cheio de uma energia especial, atrever-me-ia a chamar-lhe "felicidade".
07/02/2014
O CRAQUE DO DIA
O click de hoje também já tem uns anos: mas os bons momentos são para recordar - e a fotografia sempre ajuda a eternizá-los.
Aconteceu em Indore, à entrada de um templo. Achei piada a este miúdo que estava tão contente a brincar com uma bola de futebol. Num país de críquete. Queria "apanhar" o craque com a bola nos pés... mas acabei por clicar isto:
Bom dia! Toca a mexer!
Aconteceu em Indore, à entrada de um templo. Achei piada a este miúdo que estava tão contente a brincar com uma bola de futebol. Num país de críquete. Queria "apanhar" o craque com a bola nos pés... mas acabei por clicar isto:
Bom dia! Toca a mexer!
06/02/2014
MAIS DO QUE UM TEMPLO
Da mesma forma que o corpo humano é muito mais do que apenas um coração, Bodhgaya não é só o Mahabodhi Temple. Claro que aqui pulsa a energia vital da cidade - mas é nas ruas que a paisagem ganha cores de vida. Como sangue a correr nas veias, monges budistas vindos de todo o mundo passeiam-se de templo em templo, de máquinas fotográficas e ipads a eternizar a viagem. A comprar souvenirs nos mercados tibetanos. A visitar templos, a meditar. Todos turistas. Tão turistas quanto eu.
Mas eu estou de calças e t-shirt; eles vestem robes laranjas, amarelos, vermelhos, castanhos.
Além do Mahabodhi Temple, pode-se visitar em Bodhgaya uma estátua gigante do Buda, mais uma série de templos e pagodas "patrocinados" por países budistas: há templos tailandeses iguais àqueles que se pode ver em Bangkok; há templos coreanos como os de Seoul, japoneses, nepaleses, tibetanos... cada qual com uma arquitectura diferente, com estátuas de estilos variados. É um Concentrado de Budismo - e passear pelas ruas de Bodhgaya é como viajar por vários lugares diferentes.
Mas eu estou de calças e t-shirt; eles vestem robes laranjas, amarelos, vermelhos, castanhos.
Além do Mahabodhi Temple, pode-se visitar em Bodhgaya uma estátua gigante do Buda, mais uma série de templos e pagodas "patrocinados" por países budistas: há templos tailandeses iguais àqueles que se pode ver em Bangkok; há templos coreanos como os de Seoul, japoneses, nepaleses, tibetanos... cada qual com uma arquitectura diferente, com estátuas de estilos variados. É um Concentrado de Budismo - e passear pelas ruas de Bodhgaya é como viajar por vários lugares diferentes.
BOM DIA, ALEGRIA!
O "click" de hoje já tem quase três anos - provavelmente já o tinha publicado aqui, não me lembro. Não interessa.
Este sorriso podia até ter ser publicado todos os dias, ao longo dos três anos que passaram desde o momento em que aconteceu até hoje - que não perdia num um pouco da sinceridade, da curiosa humildade, da tímida empatia que se gerou nos instantes que partilhei com este rapaz e os seus amigos, numa aldeia do norte da Índia, no estado do Punjab.
Um bom dia a todos!
Este sorriso podia até ter ser publicado todos os dias, ao longo dos três anos que passaram desde o momento em que aconteceu até hoje - que não perdia num um pouco da sinceridade, da curiosa humildade, da tímida empatia que se gerou nos instantes que partilhei com este rapaz e os seus amigos, numa aldeia do norte da Índia, no estado do Punjab.
Um bom dia a todos!
BOAS NOTÍCIAS
A Índia vai - finalmente! - liberalizar o sistema de vistos para turistas de 180 países, adoptando os tão esperados vistos à chegada e as autorizações electrónicas de viagem.
Já não preciso de ficar duas semanas em Bangkok à espera, eheh.
A partir de Outubro, nove aeroportos internacionais (Nova Déli, Bombaim, Calcutá, Chennai, Cochim, Hyderabad, Goa e Trivandrum)* vão adoptar este novo sistema - e facilitar, em muito, a vida aos turistas internacionais. Supostamente o visto será de entrada única, válido durante um mês. Não é tão prático para quem pretende viajar mais tempo, mas de certeza que haverá soluções para estes casos.
De qualquer forma: são boas notícias. São óptimas notícias para os viajantes, principalmente para aqueles que, como eu, gostam de voltar à Índia.
*Nesta lista, copiada do Times of India, só são mencionados oito aeroportos. Suponho que o nono seja o de Bangalore, não faz sentido não estar aqui incluído. Mas não posso garantir.
Já não preciso de ficar duas semanas em Bangkok à espera, eheh.
A partir de Outubro, nove aeroportos internacionais (Nova Déli, Bombaim, Calcutá, Chennai, Cochim, Hyderabad, Goa e Trivandrum)* vão adoptar este novo sistema - e facilitar, em muito, a vida aos turistas internacionais. Supostamente o visto será de entrada única, válido durante um mês. Não é tão prático para quem pretende viajar mais tempo, mas de certeza que haverá soluções para estes casos.
De qualquer forma: são boas notícias. São óptimas notícias para os viajantes, principalmente para aqueles que, como eu, gostam de voltar à Índia.
*Nesta lista, copiada do Times of India, só são mencionados oito aeroportos. Suponho que o nono seja o de Bangalore, não faz sentido não estar aqui incluído. Mas não posso garantir.
05/02/2014
TUDO É ILUMINADO
Aproveito o título do livro maravilhoso que estou prestes a terminar de ler - "Everything is Illuminated", de Jonathan Zafran Foer -, para dar nome a este post.
E apesar do post referir-se a um lugar onde vivi todo o tipo de emoções num curto período de tempo - tal como o livro, que aborda temas tão sensíveis de uma forma mágica, capaz de arrancar sorrisos e lágrimas ao mesmo tempo - a verdade é que um não tem nada a ver com o outro.
O livro passa-se na Ucrânia e conta a história de um americano que vai à procura da mulher que salvou o avô dos Nazis. Já o post "acontece" numa terrinha muito especial no meio da Índia, para onde convergem monges budistas vindos de todo o mundo.
As fotos que partilho de seguida são de um dos lugares com a energia mais forte que tive o privilégio de conhecer.
É inacreditável: uma força tal, uma paz tão completa, uma electricidade feita de amor e orações, de esperança e sentimentos positivos.
Nas horas que ali passei só a caminhar à volta do templo, a conversar com monges de vários países, a pensar na vida e nas vidas e nas coisas todas... ali chorei e sorri de alegria, chorei e sorri de frustração, e de contentamento e realização, de tristeza, esperança, medo, confiança e até de solidão.
É de uma intensidade colorida, de uma profundidade tão leve, de um peso no coração... e é tão bom.
O lugar chama-se Mahabodhi Temple e marca o lugar onde o Buda se sentou a meditar e atingiu a Iluminação.
E apesar do post referir-se a um lugar onde vivi todo o tipo de emoções num curto período de tempo - tal como o livro, que aborda temas tão sensíveis de uma forma mágica, capaz de arrancar sorrisos e lágrimas ao mesmo tempo - a verdade é que um não tem nada a ver com o outro.
O livro passa-se na Ucrânia e conta a história de um americano que vai à procura da mulher que salvou o avô dos Nazis. Já o post "acontece" numa terrinha muito especial no meio da Índia, para onde convergem monges budistas vindos de todo o mundo.
As fotos que partilho de seguida são de um dos lugares com a energia mais forte que tive o privilégio de conhecer.
É inacreditável: uma força tal, uma paz tão completa, uma electricidade feita de amor e orações, de esperança e sentimentos positivos.
Nas horas que ali passei só a caminhar à volta do templo, a conversar com monges de vários países, a pensar na vida e nas vidas e nas coisas todas... ali chorei e sorri de alegria, chorei e sorri de frustração, e de contentamento e realização, de tristeza, esperança, medo, confiança e até de solidão.
É de uma intensidade colorida, de uma profundidade tão leve, de um peso no coração... e é tão bom.
O lugar chama-se Mahabodhi Temple e marca o lugar onde o Buda se sentou a meditar e atingiu a Iluminação.
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