Depois de quase um mês às voltas em mais uma viagem no
Transiberiano (desta vez, com um grupo da nomad), retomo hoje a partilha de
fotos e impressões sobre as 11 cidades que marcaram o meu 2011.
E aproveitando o espírito desta última aventura, eis que a
cidade escolhida para este post - a 8ª desta série - é a capital da Mongólia,
Ulaan Baatar. Ou, como é conhecida entre os amigos: UB.
Com poucos argumentos credíveis para constar seja em que
"best of" for, a verdade é que esta cidade tão improvável, tão nada-a-ver-com-nada,
me marcou.
Não sei se foi porque vinha de quase um mês na Rússia e
estava a precisar de sorrisos e conversa. Não sei se foi porque a Mongólia era
um país novo e estava sedento de conhecer esta cultura.
Terá sido o Gengis Khan refastelado no trono, na fachada do
Palácio Presidencial? Ou os semáforos temáticos? Ou a estátua dos Beatles
naquela rua entre a State Department Store e o Circo? Ou terá sido o
maravilhoso churrasco regado a cerveja mongol? Ou, quem sabe, os dumplings. Ou
os templos budistas. Terá sido o monumento soviético em cima daquele monte, com
vista sobre a suja cidade onde a construção avança sem regras nem bom-senso?
Terá sido o céu, o maravilhoso céu, infinito e cheio de possibilidades?
Esta cidade que não tem nada a ver com nada, tem qualquer
coisa. Qualquer coisa que eu não sei bem explicar o que é. Um dia, quem sabe,
vou descobrir. Voltei a UB há duas semanas - voltei a sentir o mesmo. O que é,
ainda não sei. Mas sou paciente. Sou optimista. E sou um previlegiado, porque
sei que vou voltar e por isso não tenho pressa em descodificar seja o que for.
A seu tempo, a cidade há-de revelar-me o seu segredo.
2 comentários:
Pois nós também não temos pressa... Vamos saboreando calmamente as tuas crónicas e digerindo a magia que passa sempre por aqui!!!
Revivi agora UB com a descrição! :)
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