Em primeiro lugar, as fotografias novas ja tem comentarios.
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Segundo: estes dias na quinta do Abbey foram um espectaculo, com duas cacadas ah noite (a primeira nao deu em nada, mas ontem cacamos dois coelhos!), uma pescaria com dinamite, muitos copos, piscina, boa comida e muita musica pelo meio. Nao se pode pedir muito mais... mas a verdade eh que ate tivemos direito a aulas de karate - e jogamos ao berlinde... e eu aprendi finalmente a jogar criquete!
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Chegamos hoje a Bombaim, amanha ou depois vou para Hyderabad, parece-me.
31/01/2005
28/01/2005
Casorios, noivados e outros passeios
Ja pedi desculpas, vamos aos factos:
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O casamento do Abbey
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Durante uma semana inteira, comemorou-se o casamento dos meus amigos Abbey Fizardo e Luisa D'Mello. Durante sete dias e sete noites aproximadamente, bebemos muito, comemos muito, cantamos, dancamos e ate fomos ah pesca. Tudo comecou com o Roce, que basicamente serve para familia e amigos abencoarem o noivo e o padrinho (na primeira noite) e a noiva e a madrinha (na segunda noite), dando-lhes um banho de leite de coco, ovos e muito mais. Depois foi o casamento propriamente dito, chiquissimo, muito piroso para o que estamos haituados aqui em Portugal... muito giro. Ainda por cima o vosso amigo (eu!) teve a honra de abrir a cerimonia na igreja, com uma leitura, e depois ainda fui cantar com a mae do Abbey, eheh, quem diria... eu a cantar num coro de igreja, em dueto... e fui elogiado toda a noite por causa da minha bela voz, ahah! Enfim, no dia seguinte juntamos o grupo da noiva e o do noivo e fomos todos para uma praia a norte de Bombaim, onde alugamos uma casinha, fizemos churrascos, cantamos e bebemos ate as tantas... e ate fomos ah pesca, mas sem grandes resultados! Depois foram mais algumas noites de jantaradas e saidas, ate ao dia em que os recem-casados foram de lua-de-mel para Singapura, e ai o pessoal dispersou.
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Mandu e Indore
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Dispersamos... e eu fui para Norte, mas nao muito. Os comboios estavam todos cheios para onde eu queria ir, por isso meti-me num autocarro para Indore e la fui eu dar mais uma volta, e quase sem querer fui parar a Mandu. Que espectaculo de sitio... lembram-se quando fui para Hampi e fiquei fascinado com todas as ruinas, etc? Mandu eh mais ou menos o mesmo genero, mas enquanto Hampi eram essencialmente ruinas de uma civilizacao qualquer hindu, la em Mandu eram ruinas muculmanas. Muitas mesquitas e tumulos, incluindo o primeiro edificio em marmore da India, que foi utilizado como modelo para os arquitectos que construiram o Taj Mahal. Logo no primeiro dia em Mandu conheci dois gajos la da terra, um era professor da primaria e o outro era barbeiro. Mas como nesses dias celebrou-se outra vez o Eid, havia feriado e fim de semana grande. Ou seja, estes dois acompanharam-me sempre em Mandu, e como um deles tinha uma casa em Indore, acabamos por ir os tres para la, e ate foi bem giro. Sinceramente nao estava nada numa de passar muito tempo la, mas a cidade revelou-se bem interessante, provavelmente a mais aproximada da minha ideia do que eh uma cidade indiana. Muito terceiro-mundo, mas com qualquer coisa muito fascinante. Alem do comercio, que esta por todo o lado, visitei todas as atraccoes turisticas, incluindo um templo jain todo feito e espelhos... um espectaculo! Ah, e Indore foi provavelmente o sitio na India onde comi melhor... e taaaaaaao barato!
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O noivado do Shoo Shoo
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O meu amigo Taher Ali (Shoo Shoo para os amigos) vai casar-se. Nisso nao ha nada de novo, mas fui convidado para ir tratar do noivado, e nao recusei, claro. Foi uma experiencia, no minimo, interessante. Nao que tenha adorado, mas agora que ja passou, nao esqueco tao depressa. La fui entao com o Shoo Shoo, a mae, o pai e a avo num autocarro pelas estradinhas do Maharastra, quatro horas de viagem ate Chalisgaon, onde vive a rapariguinha. Muito engracada, a miuda. O Ashroft ja me tinha dito que ela era gira e boa rapariga, e confirma-se. Mas a familia... por Ala! O pai era um alcoolico do pior (sim, um muculmano alcoolico, e nao eh o primeiro que eu conheco assim), e se fosse so isso... Nao eh que o senhor tinha em casa um negocio do mais ilegal - vendia alcool aos bebados locais. Ou seja, uma parte da casa estava sempre com pessoal que vinha so para os copos. Para entrar naquela casa era preciso passar por um corredor tao fininho que so dava para passar de lado! E o ambiente era do pior, com ratos por todo o lado... enfim, vou poupar pormenores. Eu e o Shoo Shoo ficamos num hotel, valeu-me isso, e durante os dois dias que la estivemos tratou-se de marcar o noivado e o casamento, e ainda fui visitar uma mesquita onde os muculmanos de toda a India levam as pessoas que estao possuidas por espiritos ou fantasmas. Que filme! So maluquinhos, era o que era, e para garantir que eu nao tinha nenhum espirito dentro de mim, tive de por uma dedada de cinzas na lingua e outra no pescoco... enfim, pra esquecer - ou nem por isso!
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Depois de voltar a Fardapur, onde soube que o Ashroft vai ser pai, meti-me em mais nao-sei-quantos autocarros e cheguei hoje de manha a Bombaim, para os anos do Abbey, que voltou ontem da lua-de-mel.
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O casamento do Abbey
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Durante uma semana inteira, comemorou-se o casamento dos meus amigos Abbey Fizardo e Luisa D'Mello. Durante sete dias e sete noites aproximadamente, bebemos muito, comemos muito, cantamos, dancamos e ate fomos ah pesca. Tudo comecou com o Roce, que basicamente serve para familia e amigos abencoarem o noivo e o padrinho (na primeira noite) e a noiva e a madrinha (na segunda noite), dando-lhes um banho de leite de coco, ovos e muito mais. Depois foi o casamento propriamente dito, chiquissimo, muito piroso para o que estamos haituados aqui em Portugal... muito giro. Ainda por cima o vosso amigo (eu!) teve a honra de abrir a cerimonia na igreja, com uma leitura, e depois ainda fui cantar com a mae do Abbey, eheh, quem diria... eu a cantar num coro de igreja, em dueto... e fui elogiado toda a noite por causa da minha bela voz, ahah! Enfim, no dia seguinte juntamos o grupo da noiva e o do noivo e fomos todos para uma praia a norte de Bombaim, onde alugamos uma casinha, fizemos churrascos, cantamos e bebemos ate as tantas... e ate fomos ah pesca, mas sem grandes resultados! Depois foram mais algumas noites de jantaradas e saidas, ate ao dia em que os recem-casados foram de lua-de-mel para Singapura, e ai o pessoal dispersou.
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Mandu e Indore
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Dispersamos... e eu fui para Norte, mas nao muito. Os comboios estavam todos cheios para onde eu queria ir, por isso meti-me num autocarro para Indore e la fui eu dar mais uma volta, e quase sem querer fui parar a Mandu. Que espectaculo de sitio... lembram-se quando fui para Hampi e fiquei fascinado com todas as ruinas, etc? Mandu eh mais ou menos o mesmo genero, mas enquanto Hampi eram essencialmente ruinas de uma civilizacao qualquer hindu, la em Mandu eram ruinas muculmanas. Muitas mesquitas e tumulos, incluindo o primeiro edificio em marmore da India, que foi utilizado como modelo para os arquitectos que construiram o Taj Mahal. Logo no primeiro dia em Mandu conheci dois gajos la da terra, um era professor da primaria e o outro era barbeiro. Mas como nesses dias celebrou-se outra vez o Eid, havia feriado e fim de semana grande. Ou seja, estes dois acompanharam-me sempre em Mandu, e como um deles tinha uma casa em Indore, acabamos por ir os tres para la, e ate foi bem giro. Sinceramente nao estava nada numa de passar muito tempo la, mas a cidade revelou-se bem interessante, provavelmente a mais aproximada da minha ideia do que eh uma cidade indiana. Muito terceiro-mundo, mas com qualquer coisa muito fascinante. Alem do comercio, que esta por todo o lado, visitei todas as atraccoes turisticas, incluindo um templo jain todo feito e espelhos... um espectaculo! Ah, e Indore foi provavelmente o sitio na India onde comi melhor... e taaaaaaao barato!
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O noivado do Shoo Shoo
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O meu amigo Taher Ali (Shoo Shoo para os amigos) vai casar-se. Nisso nao ha nada de novo, mas fui convidado para ir tratar do noivado, e nao recusei, claro. Foi uma experiencia, no minimo, interessante. Nao que tenha adorado, mas agora que ja passou, nao esqueco tao depressa. La fui entao com o Shoo Shoo, a mae, o pai e a avo num autocarro pelas estradinhas do Maharastra, quatro horas de viagem ate Chalisgaon, onde vive a rapariguinha. Muito engracada, a miuda. O Ashroft ja me tinha dito que ela era gira e boa rapariga, e confirma-se. Mas a familia... por Ala! O pai era um alcoolico do pior (sim, um muculmano alcoolico, e nao eh o primeiro que eu conheco assim), e se fosse so isso... Nao eh que o senhor tinha em casa um negocio do mais ilegal - vendia alcool aos bebados locais. Ou seja, uma parte da casa estava sempre com pessoal que vinha so para os copos. Para entrar naquela casa era preciso passar por um corredor tao fininho que so dava para passar de lado! E o ambiente era do pior, com ratos por todo o lado... enfim, vou poupar pormenores. Eu e o Shoo Shoo ficamos num hotel, valeu-me isso, e durante os dois dias que la estivemos tratou-se de marcar o noivado e o casamento, e ainda fui visitar uma mesquita onde os muculmanos de toda a India levam as pessoas que estao possuidas por espiritos ou fantasmas. Que filme! So maluquinhos, era o que era, e para garantir que eu nao tinha nenhum espirito dentro de mim, tive de por uma dedada de cinzas na lingua e outra no pescoco... enfim, pra esquecer - ou nem por isso!
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Depois de voltar a Fardapur, onde soube que o Ashroft vai ser pai, meti-me em mais nao-sei-quantos autocarros e cheguei hoje de manha a Bombaim, para os anos do Abbey, que voltou ontem da lua-de-mel.
A caminho de Gorai
Durante a semana do casamento do Abbey, eu e mais alguns amigos dele ficamos num apartamento que a mae dele alugou durante quinze dias, so para nos. Algumas amigas da Luisa ficaram em casa dela. Mas no dia a seguir ao casamento, juntaram-se os dois grupos e fomos todos para uma praia numa ilha a norte de Bombaim, chamada Gorai.
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Esta fotografia foi tirada mesmo antes de embarcarmos no ferry para a ilha, quando compramos alguns camaroes para o churrasco. Da esquerda para a direita temos o Dominic, que eh o irmao mais novo da Luisa; atras dele esta o Steven (tio do Abbey e ca da malta), depois o Abbey, a Luisa e por ultimo o Luis.
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Esta fotografia foi tirada mesmo antes de embarcarmos no ferry para a ilha, quando compramos alguns camaroes para o churrasco. Da esquerda para a direita temos o Dominic, que eh o irmao mais novo da Luisa; atras dele esta o Steven (tio do Abbey e ca da malta), depois o Abbey, a Luisa e por ultimo o Luis.
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Os pombinhos
Ca estao os dois recem-casados - vou ver se ponho aqui uma foto do casamento sem o Abbey a fazer caretas, eh capaz de ser melhor...
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Outro casorio
No meu passeio por Mandu, o Sachin (segundo a contar da esquerda) desafiou-me a ir ver de perto um casamento local. La fomos para uma aldeia no meio do nada, pouco mais de cinco ou seis casas. Havia um altifalante com a musica aos altos berros, achei que ia encontrar uma festa "ah antiga", mas quando la chegamos nao havia ninguem... so o noivo e familia. Nem a noiva estava la! O rapaz estava vestido como se ve na fotografia, ficou todo orgulhoso de eu ali estar, ofereceu-me um vinho feito la em casa (bahhh!!!!) e depois das fotografias de grupo, fez questao de tirar uma fotografia sozinho, a exibir a sua faca. Quando entrou na casa para ir buscar a faca, eu avhei que ia buscar uma espada ou qualquer coisa, tal era o orgulho na arma... mas quando voltou trazia uma especie de canivete minimo... e eu la tirei uma foto ao rapaz com a sua faca na mao... tao pequena que nem se ve! Mas fica aqui a fotografia do grupo: eu, o noivo (de amarelo) e o Sachin, alem dos curiosos do costume.
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Ganesh
Os templos hindus, tal como o resto do pais, sao do mais colorido possivel. Esta fotografia de Ganesh num templo em Indore mostra bem isso.
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Fardapur
Finalmente consegui apanhar alguem desprevenido em casa do Shoo Shoo. Normalmente, mal saco da camara saltam todos para a minha frente, a fazer poses para a fotografia. Mas desta vez ninguem deu por nada e eu aproveitei logo o momento.
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Em casa do Shoo Shoo
A rapariga da esquerda eh irma do Shoo Shoo e do Ashroft, as outras sao duas sobrinhas. A bebe ao colo eh a coisa mais querida: ao principio tinha imenso medo de mim, porque nunca tinha visto uma pessoa branca. Agora cada vez que me ve esta sempre a dizer adeus e a fazer umas caretas que sao de chorar a rir (ca entre familia, eh uma careta tipo o "burrinho velho" da Madalena).
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Para a proxima mando uma da Barky, a noiva do Shoo Shoo.
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Para a proxima mando uma da Barky, a noiva do Shoo Shoo.
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24/01/2005
Sorry!!!
Em primeiro lugar, peco desculpa por estar tanto tempo sem dizer nada. Primeiro foi o casamento do Abbey: uma semana sempre em festa, nao tive nem tempo nem muita paciencia, confesso... mas sobre essa semana falo depois com mais calma. E depois do casamento, fui para Mandu, um sitio fabuloso cheio de ruinas e templos antigos. O lugar eh tao remoto que nao ha internet e os telefones funcionam de tempos a tempos. Adorei, conheci uns gajos porreiros e agora estou em Indore - que ha partida era so mais uma cidade sem interesse nenhum; mas como vim com dois indianos de Mandu, ate tem sido bem giro.
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Nao tenho muito tempo, ha um autocarro a minha espera na estacao... mas prometo que assim que puder mando fotos e ate vos chateio com descricoes mais pormenorizadas destas ultimas 2 semanas. Ate la... fui!
09/01/2005
Corrupcao
A India eh provavelmente o pais mais corrupto em que ja estive. A coisa esta de tal maneira instalada que eh encarada por toda a gente como parte do sistema, e nao acredito que haja quem seja "puro" na materia. Nas cartas de conducao, por exemplo: nao conheco ninguem que tenha feito o exame - todos pagaram para ter a carta sem se chatearem (o que explica, em parte, a conducao na India). Nas praias de Goa, os vendedores pagam 100 rupias por semana (as segundas feiras, ate tem data marcada) ao policia de plantao. Se mandarmos para o ar um numero tao "por baixo" como 100 vendedores so em Baga (acreditem, sao muito mais), eh so fazer as contas, como diria o outro. Sao pelo menos dez mil rupias por semana, so para os policias de Baga, num pais onde o salario medio ronda as tres mil e quinhentas. Sao so dois exemplos, mas aqui a corrupcao esta em todo o lado, ate para garantir um bilhete de comboio... acrescenta-se uma notazinha e esta feita a coisa - mesmo que o mesmo esteja "esgotado", arranja-se sempre um lugar que sobrou por acaso. Enfim... quem sou eu para mudar o sistema de um pais que nem eh o meu? Alem disso, esta fotografia nem sequer demonstra o tipo de corrupcao que eu estava a criticar, mas outra.
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Quem eh que esta senhora pensa que eh para vir mostrar os seus atributos ah juventude indiana? Sera que nao se ve ao espelho ha alguns anos? Oh pra ela em amena cavaqueira com os (antes) inocentes rapazinhos. Estive muito tentado a aproximar-me da depravada e dar-lhe um caldo: oh minha sehora, tenha la juizo!
Que tres!
Eu sei que esta fotografia nao eh muito diferente da outra... as Loucas das Compras sao as mesmas, so muda o rapazinho na fotografia... em vez de um indiano, um portugues! Eu mesmo, ali escondidinho no meio delas, todo sorrisos com uma gadelha enorme (mae, nao se preocupe que ja fui ao baeta). E que tal a minha t-shirt? Foi o meu presente de Natal para mim, eheh, e assim cumpri uma promessa que tinha feito: comprar a t-shirt da selecao de cricket da India. Algo que nao fiz no ano passado e arrependi-me todos os dias desde que sai de Bombaim ate voltar a India.
Shopping madness!!!
As duas meninas da fotografia revelaram-se umas viciadas em compras. Mas com a ajuda do Shoo Shoo, isso acabou por nem ser um grande problema, porque ele la ia dando umas dicas sobre os precos reais, e elas acabavam por comprar a precos bem razoaveis. Quando ganharam estaleca para a brincadeira, declararam independencia e era ve-las todos os dias a chegar a casa com sacos e mochilas, estafadas mas contentes:
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- Jorge... perdemos a cabeca.
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Ao fim de alguns dias, era ver as vendedoras nas suas bancas a chamar a Joana e a Assuncao pelo nome, algumas vinham a correr atras de nos, houve quem fizesse bloqueios de estrada para nao passarmos com as motas! O PIB da India aumentou drasticamente e em Goa ja se fala sobre uma eventual candidatura das nossas meninas a Patrimonio da Humanidade, "porque nunca se viu consumidores assim, e isto deve ser preservado", confessou-me Benedita de Sousa Menezes, que apesar do nome chique eh apenas uma vendedora de pulseiras e bugigangas. E tudo isto por causa da furia consumista das nossas amigas. No dia em que elas se foram embora, todas as lojas de Goa puseram faixas negras nas montras, em sinal de luto e protesto. Algumas pessoas confessaram-me que iam pedir reforma antecipada, porque com o dinheiro que tinham ganho com as garotas, ja se safavam durante umas boas geracoes.
Por as ideias em ordem
Agora que passou a euforia do Natal e Fim de Ano, parece que estou noutro lugar. Nestes ultimos dias o transito em Goa acalmou drasticamente, ha menos pessoas e confusao, finalmente um bocadinho de paz. Com a Joana e a Assuncao de volta a Lisboa e os meus amigos concentrados em fazer algum dinheiro neste ultimo mes de epoca alta, estou a aproveitar para por em ordem tudo o que escrevi nestes ultimos meses. Hoje passei algum tempo na praia, mas a meio da tarde fui para um cyber cafe e demorei-me o suficiente para passar para o computador algumas coisas que estavam escritas so em papel - nao quero correr o mesmo risco do ano passado, quando me roubaram a mochila e perdi muita coisa que tinha escrito.
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Mas voltando ah praia... eh impressionante a influencia que o maremoto teve neste lado da costa. As mares estao todas alteradas, o areal de Vagator esta repleto de algas trazidas pela mare cheia, e a mare baixa esta mais baixa que nunca, todas as praias estao enormes. Baga, Calangute e Candolim tem uma especie de degrau escavado na areia, de pelo menos meio metro de altura!
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E porque hoje eh domingo, bonito-bonito foi ver a invasao de turistas indianos vindos sei la de onde, a fazer o lixo e a barulheira do costume; a tomar banho completamente vestidos ou entao de cuecas; os rapazes a jogar criquete (e alguns futebol, estamos em Goa!) e as raparigas nos seus coloridos saris a brincar ah cabra-cega; as familias a tirar fotografias ah beira-mar; alguns grupos de rapazes a passear ao longo da praia - de maos dadas, aqui funciona assim - para ver as estrangeiras de bikini, alguns de maquina fotografica sempre pronta!
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Amanha volto para Bombaim e vao ser uns quatro ou cinco dias de festa, a celebrar o casamento do Abbey. Dessas andancas falamos depois.
Amanha volto para Bombaim e vao ser uns quatro ou cinco dias de festa, a celebrar o casamento do Abbey. Dessas andancas falamos depois.
05/01/2005
Goa / Bombaim / Goa
As meninas ja se foram embora. Depois de uma intensa semana em Goa e uma viagem memoravel para Bombaim, acordamos hoje as quatro da manha e fui deixa-las ao aeroporto. E agora estou tambem eu quase de partida... outra vez para Goa, mas desta vez para ver se descanso um bocadinho. E daqui a uns dias... de volta a Bombaim, para o casamento do Abbey. Esta a tornar-se um bocado monotona, esta rotina, eheheh.
04/01/2005
Trekking
Os dias passados perto de Madikeri foram de uma paz enorme e muito exercicio fisico. Os passeios entre plantacoes de cafe e arrozais, o escalar das montanhas e um banho ao fim do dia que eu nunca hei-de esquecer, so com uma vela a iluminar, a agua aquecida numa lareira dentro da propria da casa de banho... e o cheiro a fumo. Mas nesta fotografia o ar nao podia ser mais puro, e felizmente ate estou lavadinho e a cheirar bem, apesar do esforco fisico.
EU TENHO ORGULHO, ORGULHO...
...em ser uma vaca!
Não é novidade nenhuma: as vacas são sagradas neste cantinho louco do mundo. E também não é a primeira vez que falo de tão santo animal aqui no blog. Mas achei por bem partilhar esta fotografia tirada em Om Beach, ao fim da tarde. Há qualquer coisa de divino na pose, de sagrado no contraste da silhueta negra com o céu.
Ou então é do meu estado de espírito, depois de um dia tão bem passado neste bocadinho especial de Índia.
O Corpo
De dez em dez anos la mostram em Velha Goa as Sagradas Reliquias de Sao Francisco Xavier - conhecidas aqui pelo "Corpo". Como portugueses e catolicos, nao podiamos deixar escapar esta oportunidade, ainda mais porque se diz que deve ser a ultima vez que o mostram. Eu ja tinha ouvido dizer que havia uma media de dez mil pessoas por dia para o ver, mas quando la chegamos nem queriamos acreditar. Filas colossais, estivemos horas a torrar ao sol e tudo para dar uma espreitadela muito rapida ao santo. Mas valeu a pena, e com tanto tempo de espera provavelmente ja ganhamos um cantinho mais especial la em cima, eheheh.
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Giro-giro foi ver a quantidade de gente capaz de tal sacrificio por um santo que nem eh da sua religiao - sim, porque a maioria do pessoal a fazer a Fila Indiana nem eram catolicos, mas hindus. E ate muculmanos vimos! Um exemplo de fraternidade entre religioes que devia ser seguido por tantos outros lugares pelo mundo fora... muitos ate se auto-intitulam de "Primeiro Mundo".
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Pontapes na gramatica
Os indianos sao especialistas nos erros de ingles. Esquecam os "Understands" e outros delirios algarvios e venham dar uma vista de olhos na India. No outro dia vim um placard muita giro ah porta de um restaurante, mas nao tinha a maquina comigo.
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Em vez de:
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INDIAN FOOD
ISRAELI FOOD
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o tal placard tinha escrito:
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INDIAN FOOD
IS REALLY FOOD
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Para que nao haja enganos!
01/01/2005
2005!
A passagem de ano foi um espectaculo, com muito fogo de artificio ao longo da praia, musica trance durante toda a noite... e como dizem os entendidos, "noites alegres, manhas tristes". O primeiro dia do ano comecou devagar, nao fizemos nada ate agora - so praia. Esta imenso vento e o mar esta extraordinariamente bravo, o que deve ter a ver com o maremoto, porque as mares agora estao todas alteradas. Ontem de manha falou-se num alerta de maremoto em Goa, claro que era alarmismo desnecessario, mas houve mesmo quem se tivesse ido embora. Nao aconteceu nada, mas o mar subiu, esta bravo... enfim, parece a Praia Grande, mas mais quente (o que optimo para nos, ficamos horas no banho).
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Voltando ao maremoto - peco desculpa, mas eh inevitavel - os numeros continuam a aumentar, o que comecou por parecer um pesadelo esta a transformar-se num daqueles filmes-catastrofe de Hollywood. Mas sem efeitos especiais e finais felizes. Cento e cinquenta mil mortos... nao ha palavras.
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E assim comecou 2005.
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