09/01/2014

MARAVILHA #03: MACHU PICCHU

Machu Picchu é um daqueles lugares míticos que se instala desde cedo no Imaginário de qualquer viajante - e se havia Sítio Obrigatório durante a minha viagem pela América do Sul, era este. Podia ter abdicado (como fiz, inclusive) de muitos lugares e experiências ao longo dos três meses de aventura, mas Machu Picchu "tinha de ser".

Antes de sair na minha viagem de 99 dias de São Paulo a Bogotá, tinha andado tão ocupado nas correrias das Indochinas, que não fiz qualquer tipo de pesquisa. E depois, durante a viagem, andei sempre "atrás do prejuízo". Não me estou a queixar, é um facto e estou apenas a constatá-lo. Eu até sei porque aconteceu assim. Ou a principal razão de ter acontecido assim. Depois de meses às voltas com os grupos, organizando as viagens e reservando hotéis, planeando transportes, estudando as histórias e a História... não me apetecia fazer pesquisas. Não me apetecia ler guias. Não me apetecia fazer nada.

O Bunty, meu fiel camarada de estrada, tomou as rédeas de algumas coisas. Mas felizmente deixou espaço para a surpresa. E assim foi ao longo desta travessia de oito países. Fomo-nos surpreendendo, viajando sem expectativas. Tem o seu lado bom, também tem o seu lado mau. É como tudo.

Mas voltando a Machu Picchu. Que surpresa!

E o deslumbre começou logo em Cusco. Fui para lá convencido que ia encontrar uma cidade do género de Siem Reap. Ou seja: um Algarve de apoio ao Parque Arqueológico. Quanto me enganava! Quando percebi que estava numa cidade histórica, com um património impressionante... apaixonei-me.

A Zilma e o Aaron (os mesmos amigos indianos com quem depois passei o Natal em Angkor) vieram do Dubai para viajar connosco no Peru. Com eles veio o Ashley, também do "gang de Bombaim". E durante vários dias percorremos Cusco, explorámos o Vale Sagrado... e lá fomos de comboio para Águas Calientes - esta sim, muito mais parecida com Siem Reap, pelo menos no espírito.

Quanto a Machu Picchu propriamente dito: adorei. Correspondeu às minhas expectativas - e fiz um esforço activo para não me pôr a comparar com Angkor, Ephesus e outros lugares do mesmo calibre histórico. Cada qual tem as suas características próprias, as suas histórias, as suas singularidades.

Se me perguntarem de qual eu gosto mais: respondo Angkor, sem pestanejar. Mas talvez porque já conheço de longa data, já aprofundei mais o meu conhecimento sobre o Império Khmer do que dos Incas, e se calhar pelo facto de ser fascinado pelas culturas orientais, especialmente a mitologia hindu.

Mas isso não impede que tenha ficado curioso pelos Incas. Sem dúvida que quero explorar mais esta civilização tão rica, tão interessante. Antes desta viagem, Maias e Incas e outros que tais... era tudo a mesma coisa para mim. Não sabia distingui-los. Não que conheça a fundo estas culturas, agora - mas pelo menos já não sou completamente ignorante. Aos poucos, Jorge. Aos poucos. ;)

Ficam então algumas imagens desta maravilhosa Maravilha, esta sim de título mais-que-merecido, na minha opinião. Que lugar!







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