09/01/2014

MARAVILHA #02: CRISTO REDENTOR

Foi do topo do Corcovado que me comecei a apaixonar pelo Rio de Janeiro. Tinha chegado no dia anterior e a expectativa era tão alta, que provavelmente havia uma parte de mim que queria que fosse uma desilusão. É difícil explicar, mas logo à chegada comecei como que a rejeitar a cidade, tudo me parecia menos bom do que me tinha sido descrito.

E depois subi ao Redentor.

Lembro-me de estar em silêncio, no meio de milhares de turistas de braços abertos, a imitar a pose da estátua; perdido na paisagem que se estendia à minha frente, desafiando os meus preconceitos. Afinal "isto" não é mais uma cidade com praia, como tinha comentado com uns amigos no dia anterior. Afinal, "isto" é uma praia com cidade. E isso faz toda a diferença.

A partir do momento em que comecei a ver o Rio com os olhos do Cristo Redentor, como quem olha de fora - então apaixonei-me.

Confesso que, se calhasse a mim a tarefa de escolher as Sete Maravilhas do Mundo, nem me passaria pela cabeça incluir o Cristo Redentor. E sempre que o debate sobre a lista se acende, sou muito crítico quanto a duas escolhas - a começar por esta. Enfim: é o que dá pôr as pessoas a escolher. Vale o que vale. Como diriam muitas pessoas da minha lista, se fosse eu a escolher. Mas insisto nisto: o Cristo Redentor, por muito bonito e muito famoso e muito espectacular que seja - na minha opinião, não merece estar entre as Sete Maravilhas.

E no entanto, está entre as 13 Maravilhas do meu 2013. Sem dúvida nenhuma, sem pestanejar, de braços abertos e pernas juntinhas.







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