Thrissur, uma da tarde.
Demos as primeiras voltas ao templo e à multidão, vimos os primeiros grupos de elefantes a chegar e toda a fanfarra e caos à volta. Que calor. Que fome. Precisamos de comer.
No centro está quase tudo fechado, decidimos voltar ao hotel, a dez minutos a pé, para almoçar. O programa retoma às duas. Pelo caminho reparo num restaurante familiar, caseiro. Olho para o Luís e nem é preciso dizer nada. Vamos lá.
Entramos e há dois lances de escadas. Os degraus da esquerda descem para uma sub-cave. Os da direita sobem para uma espécie de mezzanine. Subimos. Sentamo-nos numa das cinco ou seis mesas disponíveis. Pedimos biryani. E enquanto conversamos, reparo no quadro pendurado na parede, mesmo ao nosso lado.
Já repararam? Olhem para o quadro, para a paisagem bucólica e tradicional... há um pormenor que destoa completamente. Um avião. Um avião... da TAP!
Qual será a probabilidade! Em centenas de restaurantes onde poderíamos ter escolhido na cidade. Entre sub-cave e mezzanine. Entre as cinco ou seis mesas disponíveis. Que coincidência, sentarmo-nos debaixo do quadro que tem um avião... da TAP?!
A sério: isto parece tirado de um filme da Twilight Zone. Ainda para mais, sabendo que hoje a TAP está no centro das atenções.
E porque a Índia está numa de nos enviar mensagens ao longo da viagem (primeiro foi a garrafa a desejar Boa Sorte), reparem também na mensagem que estava escrita no quadro. Qualquer coisa como "a paciência é a arte da esperança". Se isto é válido ao longo da vida, na Índia é essencial. E nunca é demais ser lembrado.
1 comentário:
Mais uma história que vai ficar para a História!!!!
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