O BANHO DO ELEFANTE

O dia hoje não podia ter começado de melhor forma. Acordámos cedo porque queríamos tirar umas fotos ao portão principal de um dos templos que visitáramos ontem à noite, para aproveitar a luz da manhã. Mas não ficaram nada de especial, as fotos - havia muitas casas à frente, difícil conseguir uma foto "limpa".

E, no entanto, ainda bem que aqui viemos tão cedo. Estávamos já a arrancar para ir tomar o pequeno-almoço quando o Luís apontou para uma porta:

"Foi ali que vimos o elefante, ontem."

Na noite anterior, tínhamos visto o elefante do templo a abençoar alguns devotos, e fomos atrás dele quando regressou aos seus "aposentos", passando pacatamente entre peregrinos e crentes.

"Em Hampi, o elefante vai tomar banho ao rio todos os dias às sete", acrescentei eu.

Nem foi preciso dizer mais nada. Deixámos a mota "no descanso" e entrámos para o pátio de acesso ao templo. Avançámos até um portão a um canto, o mesmo onde víramos o elefante entrar ontem à noite. E com uma "lata do caraças", entrámos. Qual não foi o nosso espanto quando deparamos com a seguinte cena:

"Bom dia!", diz-nos o tratador do elefante a sorrir. Perguntámos se havia problema em estar ali e respondeu-nos logo que não. E os vinte minutos seguintes foram de pura e deliciosa contemplação, assistindo ao homem a dar banho ao elefante, à ternura e comunhão entre os dois, ao inegável prazer que o animal estava a sentir.

Pudera! Massagem e duche... um verdadeiro spa ;)

E ainda tive direito a ser abençoado (a segunda vez na mesma semana), já na recta final do banho: