NEXT!

A estadia em Punta Arenas foi rápida, mas ficámos com a sensação de que a cidade merece mais. Gostávamos de ter visitado as colónias de pinguins na Isla Magdalena, mas disseram-nos que a época terminada e os bichos já tinham ido embora; e também teria sido interessante visitar a réplica da nau em que Fernão de Magalhães fez a sua viagem de circum-navegação... mas estava fechado, o Museu. Azar. Como já contei no post anterior, acabámos às voltas pelo cemitério, andámos às procura do parque dedicado ao Exupery, visitámos um templo hindu... terra estranha, já disse.

Assim que a aula matinal de aeróbica familiar acabou, tomámos o pequeno-almoço com o Samuel e a Marcela - que acharam muito "exótico" o facto de polvilharmos pimenta preta nos ovos mexidos - e depois tirámos uma foto com a família e os outros hóspedes. O Samuel levou-nos até ao autocarro que nos levaria para o próximo destino, e apesar do pouco tempo que ficámos em sua casa, despedimo-nos emocionados, "até uma próxima vez".

O autocarro seguiu pela Ruta del Fin del Mundo em direcção à Argentina, com direito a ovelhas à beira da estrada, pequenos crucifixos e altares e uma paisagem um-tanto-ou-quanto monótona, a convidar a reflexões e ao descanso. Acabei por adormecer, pois claro - e quando me acordaram, estávamos na fronteira. Mas nem foi preciso sair: o motorista levou os passaportes ao posto fronteiriço e vinte minutos depois arrancávamos outra vez. Fossem todas as fronteiras assim.

Próxima paragem: Rio Gallegos.