Há fãs assim: não despem a camisola só por esta ou aquela derrota, ou porque a selecção foi eliminada do Mundial antes do desejado. Não dizem "nós" quando ganhamos e "eles" quando perdemos. Fãs que celebram a sua equipa diariamente, homenageando-a como embaixadores do dia-a-dia. Fãs cujo coração bate ao ritmo das fintas do Cristiano. Que se arrepiam quando ouvem o hino. Que sofrem com cada golo, marcado e sofrido, que gritam e choram e riem e cantam.
"Posso tirar-lhe uma fotografia?", perguntou-lhe hoje um turista com um ar meio alucinado, que veio em passo apressado pelo mercado fora, apesar da chuva.
Ele sorriu e disse que sim, sem perceber porquê. O turista fez o que tinha a fazer, depois apontou para o logo da t-shirt e disse "Portugal". Sorriu e mostrou-lhe o polegar. E ele pôs a mota a funcionar e seguiu a sua vida, "há com cada maluco".
Fãs destes. Não há muitos - mas que os há, há.
Já a Alemanha, se fãs de ocasião e t-shirts vendidas decidissem campeonatos, já era Campeã do Mundo. É a loucura, aqui no Cambodja. De repente só se vê Mullers, Kloses e Ozils. Pode ser que dê sorte, hoje à noite, espero bem que sim.
E por falar na final deste santo domingo futebolístico... será que os Papas combinaram ver o jogo juntos? Será que levam cachecóis e insultam o árbitro?
Desculpa lá, Francisco... entre os dois, és de longe o meu preferido, mas hoje ficava mais feliz se o Bento fosse mais feliz.
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