Banho tomado - não há tempo a perder. Tenho pouco mais de vinte e quatro horas em Macau, quero ver o máximo que conseguir ver, apreender todas as sensações e estímulos que este bocadinho do mundo tiver para me dar. Se porventura quiser ficar mais tempo, posso ficar. Nada me obriga a ir amanhã. Mas tenho amigos em Hong Kong e apetece-me ir para lá.
Assim sendo: vinte e quatro horas em Macau, depois logo se vê.
Liguei a televisão e dei de caras com a Tânia Ribas de Oliveira, numa praça qualquer de Portugal que podia ser aqui em Macau.
Fui dar uma volta.
Estacionados na berma da estrada estão carros com matrículas "à antiga" (duas letras, dois números e dois números, branco em fundo preto). Piso a calçada à portuguesa, inspiro e delicio-me com o perfume do incenso, momentaneamente cortado pelo cheiro do bacalhau, depois caril, fritos. Começa a chover.
O aroma caseiro de pastéis de nata acabadinhos de fazer, os caracteres chineses traduzidos na língua de Camões; igrejas com imagens do Santo António e, ao virar da esquina, templos budistas cheios de cor e fumo.
Macau é uma viagem a Portugal, na China. É uma praceta a preto e branco, com um quiosque que serve café e vende postais, velhotes de olhos em bico à conversa.
Com sorte, quando te sentares nesse quiosque pode ser que ouças cantar a Teresa Salgueiro.
1 comentário:
Fantástico...! Deve ser uma bela de uma sensação!!!
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