03/07/2014

MACAU: PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Se me abstrair do facto de ter aterrado junto a uma zona aparentemente estéril, no meio de grandes casinos, hotéis sem identidade e edifícios fantasma; e se não tiver em conta o português "in your face" em toda a sinalética do aeroporto - a primeira coisa que me surpreendeu, quando cheguei a Macau, foi o chão.

Ajudou o facto de chegar praticamente sem pesquisa feita. Depois de um mês concentrado na viagem do Transiberiano, quando finalmente me meti no voo para Macau ia quase "a zeros" no que respeita a informações, dicas e qualquer tipo de conhecimento sobre o território. Por sorte reservara online um quarto - é difícil encontrar estadia barata, em Macau -, mas além disso: nada.

Ou seja: aterrei e saí do aeroporto, e-agora-como-é-que-vou-para-o-centro. Taxis há: há sempre táxis. Onde houver um aeroporto no mundo, há sempre um taxista à espera para te enganar. Acho que até já conversámos sobre isto aqui no blog, há pouco mais de um mês.

Exactamente: aqui e aqui.

Anyway ;) não estava muito virado para roubalheiras, e decidi tentar os autocarros. Vi umas setas, segui as indicações, esperei por aquele que parecia o mais correcto, mas depois de vinte minutos e uma dezena de autocarros recusados, decidi perguntar a um driver pela minha sorte. Ele gritou-me em sinais, entre o irritado e o condescendente, a dizer que aquele que eu queria não vinha, ou não existia, ou só vinha amanhã, ou lá-o-que-era-queele-queria-dizer, tudo muito confuso e rápido e de repente vejo-me dentro de um autocarro, sem saber muito bem para onde me estavam a levar.

Fui parar à porta do Casino Lisboa.

Menos mau. Lembrava-me que a minha pensão era perto do centro. E o Casino de Lisboa é o centro. Liguei a aplicação que tenho no telefone com mapas e GPS, vi onde estava, vi para onde queria ir: isto é perto, 'bora lá.

Daí o chão ser a minha primeira impressão de Macau.

Portugalidade.

É difícil de explicar a um estrangeiro, por exemplo. Mas cá entre nós, nem preciso de dizer nada.

Ficam umas fotos, imaginem o que senti nesta caminhada de meia hora, mochilas às costas e um calor infernal... mas a pisar isto:








1 comentário:

Clara Amorim disse...

Que tantas fotos deves ter tirado...! Afinal estavas na tua "praia"...!