Esta cidade-porto é conhecida pelo seu ambiente boémio e é daqueles lugares sobre o qual toda a gente tem uma opinião. Foi-nos descrita como "única!", com direito a ponto de exclamação e um sorriso nostálgico; houve quem dissesse que era "uma desilusão"; outros gabaram-lhe as cores, as vistas, a localização. Uns disseram que era suja, outros colorida. "Um anfiteatro virado para o mar". "Uma Rocinha com tiques de Caminito".
Ou seja: quando o autocarro saiu do terminal, em Santiago, não sabíamos muito bem o que nos esperava. As nossas expectativas com Valparaíso estavam um bocado confusas, como que desfocadas (como a minha máquina fotográfica, que se mostrava aos poucos mais complicada de dominar), mergulhadas num nevoeiro mais espesso que aquele que rodeava o autocarro, ao longo dos 120km que percorremos de uma cidade à outra.
Demorámos pouco mais de uma hora, e quando chegámos a Valpa o céu continuava cinzento e o dia triste. Que seres complicados somos, que basta o sol esconder-se para ficarmos logo um bocadinho mais "em baixo".
Mas basta um pouco de cor.
Começámos o passeio com uma espécie de desilusão instalada... mas a verdade é que à medida que avançámos, rua-acima-rua-abaixo, rodeados de cor e criatividade; o sol conseguiu romper as nuvens e os sorrisos foram ganhando espaço.
5 comentários:
Muito original, sem dúvida!
E Jorge, continuas a dominar muito bem a máquina!!! ;)
Acho que foi em Valparaíso que vi um Mohai da Ilha de Páscoa! Veio para uma exposição e por lá ficou...
Gostei da definição Favela com mistura de Camiñito. Assenta-lhe bem.
Obrigada pela reportagem,
Também estava a chover quando eu fui lá a Valparaiso e no primeiro dia nao gostamos myito, mas ficamos uma noite e no dia seguinte o sol abriu e a cidade tinha-se transformada. Boas fotos Jorge. Obrigado!
Adorei as fotos, o que tu escreveste e o poema do Neruda. Grande beijinho
Tia Minan
Excelentes fotos.
Há muitos dias que aqui não vinha....
Boa continuação!!!
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