Nesta viagem, quem costuma registar, contabilizar e analisar as suas "primeiras vezes" é o Bunty. Foi assim com o guaraná, o hamburguer, o tango, o primeiro glaciar, isto-e-aquilo... mas hoje não consigo evitar mencionar que eu próprio tive uma "primeira vez". Uma não: duas. Pelo menos.
A primeira vez que vi geysers, por exemplo.
Ou seja: desta vez não nos deixámos dormir. Ouvimos o despertador, acordámos a horas. A carrinha passou quando tinha de passar, juntámo-nos aos outros estrangeiros, ensonados como eles, e terminámos a ronda dos hotéis. Depois o guia apresentou-se e explicou que ia demorar um bocado até chegarmos à montanha, disse-nos podíamos dormir mais um bocado e que haveria um pequeno-almoço à nossa espera, lá em cima. Mais tarde fez um pequeno briefing sobre o lugar e as precauções a tomar, por causa da altitude. Aconselhou-nos a não fazer movimentos bruscos, a não correr - e para avisarmos, caso tivéssemos dores de cabeça ou de estômago.
Os geysers ficam num pequeno vale a cerca de 4.200m. O que por si só é uma "primeira vez", porque nunca tinha subido a mais de 4.000m. Ora aqui está um pequeno recorde, este é agora o meu Everest pessoal.
E depois foi o campo de geysers. Ao longe pareciam nuvens a nascer do chão. Já perto, é bem diferente, é o cheiro e as sensações, é o calor que emana das entranhas da terra misturado com o ar gélido da montanha, o branco do vapor em contraste com a paisagem escura, pois o sol ainda não nascera.
Hoje deixo-vos alguns registos dos meus primeiros geysers, em El Tatio:
4 comentários:
Huauh, é o chamado 2 em 1, 2 novidades num sítio só.
Sempre frio?
Que maravilhosa paisagem...! E, claro, a experiência deve ter sido única!!!
Maravilha!
Só vi fumarolas nacionais, que me lembre: Em Chaves e em S. Miguel, ambas à nossa escala...
Tomar banho em águas quentes naturais, já experimentei em Pamukale, na Turquia e também algures nos Andes, no Perú, mas não vi as fumarolas.
Lembranças...
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