Tens trinta e nove de febre.
Chegas ao quarto e nem forças tens para enfiar a chave na fechadura. Devagar. Quando finalmente consegues abrir a porta, entras no quarto e atiras o pouco que trazes nas mãos para cima da cama, só pensas em deixar-te cair também - mas precisas de ir à casa-de-banho primeiro.
Respiras fundo, a cada movimento sentes um músculo que dói, uma articulação, um osso.
Sentes os bolsos cheios. Acabaste de levantar dinheiro no multibanco, e no Vietname isso implica um valente maço de notas. Que desconforto. Tiras as notas para fora, devem ser mais de cinquenta... e de repente... é Ho Chi Minhs verdes a espalhar-se pelo quarto todo.
E agora?
Agora: já passou.
Isto aconteceu. Que desespero, aquele dinheiro todo a voar, e eu sem reacção senão uma espécie de gargalhada aterrorizada, muito próxima do choro. Foi ontem à noite, em Saigão, no auge (espero) desta minha... hmmm... recaída. Uma amigdalite, penso eu - mais uma, nem um ano e meio depois daquela que atirou para uma cama do hospital de Luang Prabang, no Laos. Agora já estou medicado e a melhorar, ainda um bocadinho fraco mas neste momento não tenho febre, apenas uma garganta mal-tratada e algum desconforto. Mas os últimos dias foram difíceis de gerir, a viajar com um grupo da Indochina e com esta situação que parecia mais controlada do que estava.
Mais vale concentrar-me em coisas mais zen: os budas de Monywa, por exemplo, aqueles que no último post prometi partilhar aqui. Vou num instante dar ordem à seleção feita e "volto já".
Enquanto isso, tenham um bom dia. Eis um click feito em Monywa, não de um buda mas de um monge:
1 comentário:
Get better soon!!!
E venham daí os Budas...! :)
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