17/06/2014

FUTEBOL, FADO E UMA FRONTEIRA

Foi uma noite estranha, a de ontem. Num comboio entre a Sibéria e a Mongólia, de cachecol com as cores de Portugal ao pescoço, a beber vodka e a olhar para o telefone, que nos ia actualizando, de dois em dois minutos, acerca da evolução do jogo.

Que triste fado, que pesadelo deve ter sido. Mas este não é um blog sobre desporto ou música, por isso abstenho-me de comentar a bola. O mais próximo que me atrevo são mesmo as t-shirts e curiosidades do Ronaldo à volta do mundo, os bocadinhos de portugalidade que vou encontrando. Pouco mais.

Estamos agora na fronteira com a Mongólia, ainda no lado russo, o comboio vai ficar aqui parado cinco horas. E nós à espera. É mesmo assim, não vale a pena desesperar, entrar em stress e ansiedades, porquê-isto e porque-não-aquilo. Ao fim da tarde seguimos viagem e entramos finalmente na Mongólia. E amanhã de manhã chegamos a Ulaanbataar.


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