Entrámos finalmente na Mongólia, depois de cinco horas na fronteira russa e outras duas do lado mongol. É sempre a mesma coisa, é preciso paciência e muita calma, algum jogo de cintura - tudo passa.
Passou também mais uma noite sobre carris, hoje acordámos com o sol a nascer e lá fora a paisagem tinha mudado radicalmente, com gers aqui-e-ali, pessoas a cavalo, fábricas no meio de centros urbanos, um postal de verde e castanho ondulante até perder de vista. Quase não se vêem árvores.
Chegámos a Ulaanbataar, onde paramos por uma noite. Amanhã vamos para a estepe e dormimos duas noites em gers nómadas. Mas, lá está: hoje temos cidade. Hoje não saímos daqui. Parados. Temos quase sete mil quilómetros atrás - hoje fazemos apenas meia dúzia, a pé, entre o hotel e o mosteiro, a estátua do Genghis Khan, o restaurante onde jantamos e pouco mais.
E o click de hoje, à sua maneira, celebra isso mesmo: o estar parado.
2 comentários:
Mesmo parado(a), pode-se viajar muito...! Eu que o diga...! ;)
Olá Jorge
O meu comentário não tem a ver com a Mongolia ou com o transiberiano que um dia também quero fazer. A minha questão hoje é outra. Estava a pensar ir 2 semanas em agosto para a India. Entretanto, fazendo pesquisa na net, descobri que nessa altura há monções. Já lá foste em agosto? Achas que é motivo para não ir e optar por outro sítio? As chuvas não são contornáveis para quem quer visitar pela 1ª vez?
Se me puderes ajudar, agradeço.
Abraço
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