Uma escala-relâmpago em Buenos Aires que nem deu para ensaiar uns passos de tango na fila do check-in; uma tarde em El Calafate a correr de multibanco em multibanco - não porque nos desse prazer, como podem imaginar; e finalmente a visita de sonho ao mauzão do glaciar - esse mesmo, esse que rosna mas não morde, esse de imaculado branco que apetece tocar.
Esta primeira passagem pela Argentina foi o que
algumas pessoas chamam de "visita de médico".
Foi um toca-e-foge.
À letra? Não: até porque nem tocámos em nada. Tirámos umas fotos, pasmámos de boca aberta com o gelo a cair na água, meditámos sobre as "coisas da vida"... mas não tocámos em nada.
E, no entanto, conta a intenção. E a gramática. Este foi, sem dúvida, o toca-e-foge mais
espectacular que poderia imaginar, Argentina.
Gostava de poder ficar mais tempo: queria conhecer El
Chalten e fazer um trekking até ao Monte Fitz Roy; quem sabe descer até Ushuaia... mas, como outras coisas ao
longo desta viagem, fica para a próxima.
Sem tempo para fazer tudo o que
gostaríamos, há que fazer escolhas. E depois de debatermos prós e
contras e vontades e gostos de cada um; depois de consultarmos amigos, especialistas e
curiosos... decidimos ir para Puerto Natales, no Chile - o ponto de partida
para o Parque Nacional Torres del Paine.
Assim sendo: saímos hoje de madrugada do hostel, debaixo de
um céu pintado de fogo, com a cabeça ainda à roda com o glaciar espectáculo de
ontem, os bolsos com alfazema arrancada dos arbustos em frente ao quarto, a mochila com o que sobrou do piquenique... e sentámo-nos num autocarro com mais trinta estrangeiros.
Foi um toca-e-foge, Argentina, mas prometo que voltamos em
breve. Ainda durante esta viagem.
1 comentário:
Sim, também queríamos mais Argentina...!
Ok, fica para a próxima!!! Sim, porque há sempre uma próxima...
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