10/11/2013

AO VIVO, A PARTIR DO MAIOR FURACÃO DE SEMPRE

Na última terça-feira fui ter com três portuguesas ao Teatro de Marionetas de Água, aqui em Hànôi, e fomos beber uma Bia Hoi na rua, sentados nos habituais bancos de plástico rente ao chão. Acabámos a noite no bar de um amigo meu... e depois despedimo-nos, com a promessa de um almoço em Saigão, no final desta semana.

No entanto, a meteorologia pôs-nos em contacto mais depressa do que esperávamos. A Joana Afonso e duas amigas estão neste momento retidas em Danang, no meio da mais violenta tempestade do ano, em todo o Mundo - chama-se Haiyan e é uma das maiores desde que há registo. Hoje já conversámos um bocadinho (aqui já é de manhã) e combinámos partilhar aqui no blog o relato do que se vai passando.

Assim sendo, deixo-vos a primeira parte conversa, a partir das mensagens que trocámos hoje de manhã, sobre os primeiros momentos da tempestade:

"Até agora está tudo ok. Chegámos a Hoi An na sexta à noite, a um hotel de 4 estrelas fantástico, com vista para o rio. Mal chegámos tínhamos uma mensagem fixada, a avisar do tufão. Ficámos preocupadas porque nos ia estragar os dias de férias, mas não valorizámos muito o tufão, porque uma senhora sueca que estava no hotel disse para não nos preocuparmos... iam ser só uns dias de chuva."

Mas viam pessoas a preparar-se? Qual era o panorama?

"No dia seguinte (ontem, sábado) fomos passear por Hoi An e aí percebemos que poderia ser perigoso. Sim, vias a protecção civil, ou o equivalente aqui. A cortar ramos de árvores. A televisão nacional a fazer reportagens de rua. E os lojistas à hora de almoço a fechar as portas e a reforçá-las com traves de madeira. Sacos de areia a serem colocados nos telhados... mas ficámos mesmo assustadas quando numa aula de cozinha, a chefe que estava a dar o curso nos perguntou em que hotel estávamos. Quando dissemos que era junto ao rio, disse-nos logo que tínhamos de sair dali. Depois continuámos a perguntar aos lojistas e ao pessoal do hotel, e disseram-nos que era o pior tufão de sempre! Muito maior que o Katrina. E nós ali com o rio junto às mesas do pequeno-almoço, num quarto no rés-de-chão. Decidimos que, mudar por mudar, se calhar mais valia ir para Danang."

Pois, fizeram bem.

"Sempre é uma cidade, com prédios maiores. Mal ouvi a chefe perdi o apetite para o almoço que tínhamos preparado. Fomos a correr para o hotel, fizemos as malas, reservámos outro hotel em Danang e viemos logo. Chegámos aqui às 15:30 de ontem. E estamos fechadas no quarto, desde então."

"Quando chegámos ao hotel vimos que estavam a colocar traves de ferro nas janelas dos quartos, fita cola nos vidros - e colocaram também luzes de emergência nos halls e nas escadas."

Assim que tiver mais novidades da Joana e das amigas, vou publicando aqui.

2 comentários:

Clara Amorim disse...

Espero que não seja tão mau como se prevê...! Ficamos a torcer para que tudo corra bem! :)

Fernanda Basto disse...

E pensar eu que uma dessas portuguesas é a minha filha! Temos contactado várias vezes ao longo destas últimas horas. Parece que tudo está bem. Graças a Deus.