Durante quase toda a viagem pela Índia, a minha mota teve dois espelhos que fizeram algum furor, por serem meio retorcidos e muito originais. Acontece que em Bhubaneswar, há duas ou três semanas, a base de um dos espelhos partiu-se e o dito caiu - em andamento. Consegui apanhá-lo (nem sei como, mas consegui) e guardei-o muito bem guardadinho... tudo bem, consigo viver só com um espelho, pensei.
No dia seguinte troquei o do lado esquerdo para o lado direito... mas confesso que não conseguia ver nada, a emenda afinal não me resolvia o problema. O mecânico de Bhubaneswar garantiu-me que demorava quase um mês para encomendar um novo (que ideia tão ridícula, mas enfim), por isso esperei até chegar à aldeia do meu amigo Kousik e perguntei-lhe se sabia onde podíamos comprar um espelho.
Incrível. Custou-me um euro: o espelho, a base - e os dez minutos de mão-de-obra.
Não era nada de especial... mas era um espelho. E que falta me fazia. No entanto, ao fim de três dias a viajar nas estradas esburacadas do West Bengal, a base começou a "escorregar" e o espelho a inclinar-se, aos poucos, deitando-se ao ponto de estar já encostado às costas da minha mão. Coisa que não me dava jeito nenhum, como podem calcular. Preciso da mão para acelerar e travar. Manias.
Tentei arranjar por mim próprio e não consegui, por isso planeei ir a uma oficina e pedir uma ajudinha. Mas, curiosamente, numa segunda tentativa acabei por desenrascar uma solução... enfim, pouco ortodoxa, mas que na verdade me resolveu o problema.
E assim tenho andado nos últimos dias:
2 comentários:
sempre se dá um jeito! afinal é uma Vespa!
Essa fita dá-lhe um ar muito sexy...!
Enviar um comentário