17/09/2014

BEM-VINDOS AO CAIRO

Ontem: passámos o dia a caminhar pela cidade, eu e o Manel. Chegámos a "casa" quase em modo "arrasto", tal o cansaço, já noite. Foi um bocadinho de mais, confesso... ainda por cima saímos com pouco dinheiro, confiantes que íamos encontrar um multibanco, e passámos a tarde a contar tostões, entre chás e garrafinhas de água. ;)

Um táxi: a custo lá conseguimos explicar a um taxista que queríamos que nos levasse para a Cidadela. Entrámos no carro mas começou a levar-nos para outro lado, dissemos-lhe que não era para ali e ele lá telefonou a um "brother" que falava inglês, que decifrou o destino final e reestabeleceu a comunicação. O Ahmed lá nos levou à entrada da fortaleza e não cobrou mais pela volta extra. Nós é que até demos uma gorjeta. Porreiro.

A cidadela: visitámos mesquitas, museus e miradouros - tudo sob um sol abrasador. Sol esse que nos acompanhou pela tarde fora, quando descemos da cidadela para a cidade, quando a atravessámos pelo Bairro Islâmico, quando visitámos as ruelas do Khan al-Khalili, quando voltámos a pé até ao centro, onde fica o nosso hotel. Muito andaram estas perninhas, ontem.

A cidade: sempre cheia de gente, cheia de trânsito, cheia de barulho, cheia de confusão.

Welcome: foi a palavra que mais ouvimos. De vez em quando lá aparecia o malandro de serviço, a ser o melhor amigo e a tentar impingir qualquer coisa. Mas sinceramente não nos chatearam assim tanto, bastava dois ou três "nãos" e um "não pares, não olhes para trás", que rapidamente desapareciam do radar. Quase todos. Um ou outro mais persistentes, mas sem fazer mossa.

Welcome: essa sim, a palavra do dia. Volto a insistir numa ideia que tinha "vendido" ontem, aqui. As pessoas são realmente muito curiosas. Sorriem bastante, dizem olá, metem conversa se nos mostramos disponíveis, tentam ajudar quando é preciso. Não sei se foi sempre assim, mesmo no auge do turismo no Egipto, mas o facto é que temos encontrado uma disponibilidade enorme das pessoas, um sorriso genuíno e terno. Isto tudo no meio do pó e do lixo, da poluíção e das buzinas, do estado de abandono em que está tanta coisa.

2 comentários:

lv disse...

É tão bom viajarmos e sentirmos que somos bem acolhidos .... tudo depende também da disponibilidade e simpatia do turista ..... welcome :)

Clara Amorim disse...

Certanebte que daqui vai sair um belíssimo livro/guia sobre o Egipto...!