Estava eu em Sintra a passear com o "meu" elefante Ramsen, à procura de um veterinário, quando alguém me apontou uma casa junto à linha do comboio. Entrámos lá para dentro - eu, o elefante e mais três ou quatro amigos - e encontrámos um quarto decorado com papel de parede dos anos sessenta, uma televisão vintage daquelas com quatro pézinhos assentes no chão, a dar desenhos animados a preto e branco. Também havia rádios, uma mesa e cadeiras - tudo antigo.
Apareceu o veterinário:
"Onde está o paciente?"
Ao que achei estranho, porque eramos quatro pessoas e um elefante, à partida não havia dúvida sobre quem era o paciente.
O médico começou a ver o elefante, a dar-lhe pancadinhas aqui e a escutar ali, mas ao mesmo tempo reparei que ele ia discretamente a uma mesa, de vez em quando, onde tinha umas linhas de cocaína que ia snifando. Comecei por não dizer nada, mas a certa altura o homem estava a ficar descontrolado, já nem as linhas fazia, cheirava directamente de um montinho branco, scarface style, já com o nariz todo branco.
Mas continuou a consultar o elefante Ramsen. E eu sentei-me no chão, porque não tinha cadeira para mim, e sem querer encostei-me a umas fichas eléctricas que estavam ligadas à tomada e a luz da sala apagou-se.
"Mau contacto", disse o médico, ao que comecei a tentar ligar a ficha outra vez, dando pequenos toques em todas, correndo o risco de apanhar um choque eléctrico.
E depois acordei: estou em Lisboa.
4 comentários:
Meio sonho, meio pesadelo .... isso de quererers ligar a luz e não conseguires é horrível, tb já tive um sonho assim, querer acender uma luz, não ver nada e não conseguir, é mau....
Meio sonho, meio pesadelo .... isso de quererers ligar a luz e não conseguires é horrível, tb já tive um sonho assim, querer acender uma luz, não ver nada e não conseguir, é mau....
"Onde está o paciente?"
Eh eh - fartei-me de rir!
E que nunca te falte o sentido de humor...!
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