Tive este fim-de-semana aquilo que se pode chamar um momento National Geographic.
Estava em Mawlamyine (terra de nome impossível de pronunciar), no sul do Myanmar, quando decidi subir ao topo da montanha da cidade, onde obviamente está o pagoda mais importante. Muitos dourados e budas, o costume. A vista ampla, a cidade e o rio, mais o horizonte ao fundo... muito bonito, mas nada de extraordinário.
Felizmente, e ainda a tempo de descer até à mota e mudar de poiso, disseram-me que na "frente ribeirinha" acontecia um fenómeno engraçado com as gaivotas, que vinham para ali voar ao fim da tarde, o que dava azo a boas fotos com o pôr-do-sol ao fundo.
"Todos os dias?", perguntei.
"Todos os dias.", foi a resposta.
Lá fui. E quando cheguei, encontrei dezenas de locais empoleirados nas grades, a atirar comida ao ar - e milhares de gaivotas, ou seja lá que pássaro for, a voar à volta para comer. Mas o mais curioso é que os pássaros não estavam simplesmente a apanhar a comida, ao calhas. Havia uma ordem muito engraçada, como se estivessem a correr numa pista de atletismo. Passavam rente às pessoas, de norte para sul, davam a volta lá ao fundo e subiam a alguma distância da margem, para depois dar nova volta mais acima e descer outra vez, junto às pessoas que - radiantes - atiravam pedaços de pão e milho.
Obviamente que consegui umas fotos engraçadas. Sem a precisão de um profissional, e concerteza sem a qualidade de uma máquina feita para isto. Mas acho que ficaram giras. Ficam algumas, espero que gostem:
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