Já arrancou a primeira edição da viagem à Birmânia. Passámos a manhã a passear pelo centro de Yangon, absorvendo esta cultura tão especial, os seus hábitos, alguns choques.
Aproveito então este Recomeço para partilhar aqui três expressões da identidade cultural birmanesa que é impossível não reparar:
1. Tanaka
Esta espécie de cosmético natural faz-se a partir de um pequeno tronco, que depois de esfregado numa base molhada com água, produz uma pasta amarelada. Os birmaneses usam-na como protector solar, maquilhagem, branqueador - todas as razões que possam imaginar. Mais do que qualquer justificação isolada: é tradicional. Toda a gente usa - porque sempre se usou, porque é assim ser birmanês.
2. Longyi
Quem chega ao Myanmar pela primeira vez, repara logo na quantidade de homens que veste uma espécie de... saia? Nada disso. Chama-se longyi, ao estilo do lunghi indiano, uma espécie de sarong enrolado à cintura - mas aqui ainda se vê mais que no sul da Índia. Todos os homens e rapazes os usam, mesmo que não seja todos os dias. São quase sempre de tom escuro e o nó é dado à frente. As mulheres também usam longyi, mas apertam-no de lado e normalmente usam cores e padrões mais vistosos.
Eu próprio já usei várias vezes o lungyi... mas sou um nabo a "dar o nó". Vou continuar a praticar, juro.
3. Dar e receber
Quando se dá/recebe alguma coisa a/de alguém - dinheiro, um produto, o que for - as pessoas normalmente estendem a mão direita com aquilo que estão a passar... e a mão esquerda segura no cotovelo direito. Este gesto dá mais força simbólica ao acto, evita o toque com a mão que os budistas consideram impura, e também serve como um símbolo de não-agressão.
2 comentários:
A pulseirinha no pé, também é típica? :)
Amazing...!
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