Num mundo em que assistimos diariamente a horrores de toda a espécie na televisão, é quase de admirar que alguém ainda se choque quando se insurgem novas paisagens entre os habituais headlines e breaking news.
Um atentado terrorista... em Bangkok?
Incrível.
Ainda não se apuraram responsabilidades, pseudo-motivações, slogans e desculpas. Mas a contabilidade (provisória) das vítimas aponta para vinte e sete mortos e oitenta feridos. Como é que é possível alguém fazer uma coisa destas. Será que esta gente dorme à noite? Não acredito, a sério. Alguém que faz uma coisa destas tem de ser assombrado por fantasmas e demónios até ao fim da sua existência, seja como foragido ou entre quatro paredes e uma janela de grades. Alguém que comete uma proeza desta natureza merece não ter descanso nunca mais, merece uma eternidade no Inferno por cada vida afectada, não só o que faleceram e os que estao fisicamente a sofrer, mas também pelos familiares e amigos, pelos universos à volta de cada vida despedaçada.
Vinte e sete pessoas perderam a vida, hoje, porque estavam no lugar errado, à hora errada. Alguns estariam a rezar (o ataque deu-se junto ao templo de Erawan, dedicado a Brahma - o deus Criador da trindade hindu); outros iam para as compras (a zona envolvente tem muitos centros comerciais); e outros estariam apenas de passagem, enfiados no trânsito do costume e nas preocupações do dia-a-dia, nas actualizações de perfil no facebook, a voltar para casa depois de um dia de trabalho, a pensar no que fazer para jantar, no que vestir na festa do próximo fim-de-semana... tão triste.
Conheço bem Bangkok, e talvez isso faça com que me sinta ainda mais revoltado. Mas mesmo que não conhecesse. Que nojo:
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