12/06/2015

VISITA AO ESPECTACULAR TEMPLO DO SOL, EM KONARK

No dia em que viajámos de Puri para Bhubaneswar, parámos por umas horas em Konark para visitar o famoso Templo do Sol, que é Património da Humanidade e de visita obrigatória para quem viaja nesta parte da Índia. Eu já aqui tinha estado, há quatro anos, da primeira vez que vim ao Orissa - mas confesso que não me importei nada de repetir o programa. Para o Luís era uma estreia absoluta, e penso que não estarei longe da verdade se afirmar que ele não estava à espera de encontrar um monumento desta grandeza.

É simplesmente esmagador.

Construído no século XIII a mando do rei Narashimhadev, o Templo do Sol foi objecto de culto durante pouco mais de trezentos anos, até que uma série de derrotas militares e fenómenos naturais precipitaram a sua degradação e abandono. Contam os historiadores que o Império Mughal foi o grande responsável pelo declínio do templo, pois roubaram o cobre que mantinha a cúpula principal estável, o que terá sido fatal para o equilibrio da torre de mais de quarenta metros - que acabou por colapsar. O resto foi obra do abandono, ciclones e monções. Mas há muitas lendas à volta deste templo - e lembro-me perfeitamente que, da primeira vez que aqui vim, contratámos um guia que, entre outras histórias, assegurou-nos que quem terá retirado essa peça... foram os portugueses. Segundo este senhor, o templo tinha um ídolo que flutuava no ar, devido à força magnética produzida por duas peças especiais. Mas como este fenómeno interferia com a navegação das caravelas portuguesas, terá sido destruída.

Verdade ou imaginação, o facto é que o Templo do Sol, nesta altura, situava-se mesmo junto à costa - e era conhecido pelos navegadores do Antigamente, fosse-qual-fosse a nacionalidade, por Templo Negro, em contraste com o Templo Branco de Puri.

O Templo do Sol, em Konark, é hoje em dia um dos monumentos mais importantes de toda a Índia. Representa a carruagem cósmica do deus Surya - o deus do Sol - e tem na parte da frente sete cavalos (que representam os dias da semana) a puxar, com todas as suas energias, uma gigante carruagem de pedra com vinte e quatro rodas (as horas do dia).

E mais não digo, que as fotos falam por si :)
















1 comentário:

Clara Amorim disse...

MAGNIFICENT!!!!!