17/07/2013

QUALQUER COISA DE ESTRANHO

Há qualquer coisa de estranho, neste post.

Não, é ainda mais grave: há qualquer coisa de muito estranho neste blog, nestas minhas voltas e reviravoltas, quase esquizofrénicas na sua gestão e partilha, nas suas geografias e estados de espírito.

Escrevo sobre a Bolívia a bordo do Transiberiano, chego a Lisboa e tenho saudades da Índia, planeio as próximas Indochinas, preocupo-me com as notícias que chegam de Istambul, encontro um amigo de Goa em Moscovo, troco mensagens com os amigos de Luang Prabang, Bombaim, Hanói... respondo a mails a pedir dicas sobre Angkor...

Que estafa ;)

Mas com o acesso limitadíssimo à internet, não consegui actualizar blog e facebook enquanto estava na China, no final do primeiro Transiberiano de 2013. E acabei por fazer umas férias destas "andanças".

Agora até parece de propósito: no dia em que retomo os relatos, já em Portugal e acabadinho de chegar do Transiberiano... as fotos do dia são de comboios. Ainda na Bolívia - nesses 99 dias que aqui no blog já são mais do dobro.

Quase-quase à chegada a Uyuni, já na recta final antes de descobrir o famoso Salar que é o destino deste passeio de jipe, parámos num cemitério de comboios. Não há muito a dizer sobre o lugar: vale pelas fotos, pelo ambiente, porque tem qualquer coisa de nostálgico, qualquer coisa de promessa, qualquer coisa de ameaça.

Ferrugem e grafittis num lugar que parece querer fugir dali, mas onde o tempo e a inevitabilidade das coisas pesadas vestiram-se de âncora. E assim ficou:








2 comentários:

Clara Amorim disse...

Bem, mas nós sempre por cá... Mesmo no meio de tanta estranheza! ;)

Luísa Pinto disse...

Seja bem regressado, sr Vassalo! Já estavamos com saudades... :-)