Hoje recomeça a minha sétima temporada de viagens da Nomad. Já estou em Istambul, onde nos próximos dias vou dar os retoques finais à próxima edição da viagem "De Istambul ao Curdistão", que arranca já no domingo.
Saí ao final da manhã de Lisboa, num Boeing da Turkish Airlines, e aterrei em Istambul ao final da tarde. E como trazia alguma bagagem extra e não me apetecia ter de carregá-la, achei melhor "ir para casa" de táxi, em vez de apanhar o shuttle para Taksim e depois caminhar pouco mais de um quilómetro. Nada de novo, até aqui.
Só que desta vez apanhei um "daqueles" taxistas de aeroporto. Há muito tempo que não me acontecia tal coisa. Quando dei pela volta que ele estava a dar já era tarde demais para "sugestões". Estávamos quase em Sultanahmet, parados no trânsito, o Bósforo mesmo ao lado e eu com fumo a sair pelas narinas e ouvidos. Estava furioso. Não só porque me distraí, não só por estar a ser enganado, mas porque não havia muito a fazer naquele pára-arranca.
Não sei se por orgulho ou uma qualquer fé que de certa forma estaria a fazer justiça, decidi sair ali mesmo, naquela espécie de via rápida com duas faixas para cada lado. Disse ao taxista que não ia continuar, paguei-lhe a quantia que estava marcada no taxímetro (e que já igualava o que normalmente pago para ir para casa da minha amiga Bahar, onde fico até ao grupo chegar), e com o senhor a "mandar vir" em turco, disse-lhe qualquer coisa do género "não tivesses vindo dar esta volta toda, agora vais receber o mesmo que terias recebido se me tivesses levado a casa, mas em vez de um obrigado e um sorriso, ficas aqui preso mais meia hora, pelo menos".
Atravessei a via rápida para o outro lado, com duas mochilas e um saco de desporto - diz a tradição que sempre que venho de Portugal para casa da Bahar, levo comigo duas garrafas de vinho verde, farinheiras, chouriço e mais alguns petiscos.
Caminhei um pouco no sentido contrário e parei junto a um semáforo. Minutos depois, estava já noutro táxi, no sentido inverso ao trânsito.
Estou (finalmente!) em casa. Gastei quase o dobro do que seria normal, o que não deixa de ser frustrante. Mas cheguei. As malas estão pousadas à porta, eu estendido no sofá, conversa e azeitonas para relaxar, um copo de água fria, daqui a nada janta-se.
Bem-vindo a Istambul?
O arranque foi atribulado, mas já faz parte do Passado.
Já nem me lembro bem.
Já me esqueci!
2 comentários:
Boa 7ª temporada!!! :-) Já me fazes lembrares as séries de TV com as temporadas e que normalmente tb se iniciam em Setembro.
Beijinhos,
Sofia Alves
Aproximam-se belas crónicas, estou a ver...! ;)
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